Portas Abertas • 17 mar 2011
O Governo da Malásia, país predominantemente islâmico, concordou devolver cerca de 35 mil Bíblias que tinham sido confiscadas à comunidade cristã do país, por incluírem o termo Allah como referência a Deus.
Segundo o Governo, a utilização de “Allah” poderia confundir os muçulmanos que, pelo que se deduzia, teriam direitos exclusivos sobre a palavra. As confissões cristãs defenderam a sua utilização, contudo, uma vez que o termo, que tem origem árabe, significa apenas Deus na língua malaia.
A prova é que os cristãos de língua árabe, cujas comunidades antecedem a própria religião islâmica, utilizam a palavra para dizer Deus.
Apesar de ter liberado as Bíblias, o Governo mantém um braço de ferro com os cristãos sobre o direito a usar a palavra. O caso está agora perante o Supremo Tribunal, que decidirá se o não cristão tem o direito constitucional de usar a palavra Allah.
Os cristãos têm liberdade de culto na Malásia, mas existem sérias restrições à sua atividade pastoral. Por exemplo, qualquer Bíblia importada deve ser estampada com as palavras “Para uso exclusivo de cristãos”, como forma de impedir conversões de muçulmanos ao Cristianismo.
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