Sudão reconhece Sudão do Sul como país

Portas Abertas • 9 jul 2011


O Sudão do Sul se tornou oficialmente, às 18h01, desta sexta-feira, dia 8 (hora de Brasília, 0h01 de sábado, dia 9) o mais novo país do mundo, ao oficializar sua independência do restante do Sudão. 

Em janeiro, 99% dos eleitores do Sudão do Sul votaram a favor da separação da região, predominantemente cristã e animista, em relação ao norte, governado a partir de Cartum, onde a população é em sua maioria muçulmana e de origem árabe.

A ONU (Organização das Nações Unidas) enviou uma tropa de capacetes azuis, da missão de manutenção de paz, para o país, com temor de conflitos.

Prestes a se tornar o mais novo país da África, quando proclamar sua independência amanhã, o Sudão do Sul enfrenta desafios inusitados.

Vencer algumas das piores estatísticas sociais do mundo é tarefa árdua, mas a burocracia da criação do Estado é o primeiro empecilho.

Sem indústria própria, o novo país precisou encomendar da China centenas de bandeiras de seis cores (antigo emblema do Exército de Libertação do Povo do Sudão --SPLA, na sigla em inglês).

Por falta de tempo, o país ainda não terá moeda própria. Até que o desenho da nova moeda seja finalizado, o Sudão do Sul manterá a libra sudanesa, herança do sistema financeiro de Cartum, capital do norte.

Apesar de o país já possuir administração autônoma desde 2005, com Constituição interina, ainda deve ratificar tratados internacionais, como a Convenção contra Tortura.

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