Portas Abertas • 13 jul 2011
A Christian Solidarity Worldwide (CSW) diz que foram levantadas dúvidas sobre os relatórios e notícias de que a pena de morte a um pastor iraniano foi revogada.
A France Presse informou que o Supremo Tribunal do Irã decidiu anular a sentença de morte dada ao pastor Youcef Nadarkhani por apostasia, apesar de tal delito não estar presente no código penal do Irã.
A CSW disse que os cristãos no Irã estão questionando os relatórios. A organização afirmou que ainda não havia nenhuma confirmação por escrito sobre a decisão do tribunal em relação ao caso de Nadarkhani e que isso deveria ter sido passado ao seu advogado, Mohammad Ali Dadkhak.
Sentenças para apostasia são geralmente anuladas, se o acusado se arrepender. A CSW disse que, ao invés de simplesmente anular a sentença, o tribunal precisava ter adicionado uma pré-condição que obriga o pastor a negar sua fé.
A CSW disse que os juízes da Suprema Corte podem tem sofrido pressão política para não liberar Nadarkhani. Existem, também, relatos não confirmados de que houve uma divergência sobre o veredito entre os juízes que julgam o caso.
Uma fonte da igreja disse à CSW: “Esta não é uma boa notícia. Ela simplesmente dá mais tempo para reexaminarem o caso, mas no final a decisão sobre o que deverá ser feito será dos juízes.”
Diretor de advocacia da CSW, Andrew Johnston disse que estava “muito preocupado” com o processo judicial do caso Youcef Nadarkhani. Ele citou o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, que garante a liberdade de religião e a liberdade de mudar de religião ou crença.
“A comunidade internacional deve atuar com urgência para pressionar o Irã, para que ele mostre todo o devido processo e que Nadarkhani seja absolvido de uma acusação que não é, de fato, reconhecida pela lei civil muçulmana.”
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