Líderes cristãos na Nigéria lamentam a Violência Religiosa

Portas Abertas • 10 abr 2004


Líderes cristãos acusaram os fundamentalistas muçulmanos por matar cristãos e destruir igrejas no norte da Nigéria, alertando que a incapacidade do governo nacional de lidar com a violência contra os cristãos pode tornar o país em um teatro em favor da guerra religiosa.

O alerta veio após um recente surto de violência religiosa que instigou os muçulmanos contra os cristãos em diferentes partes do país. Atuais conflitos foram relatados nos estados de Plateau, Jigawa, Nasarawa e Bauchi.

Quando líderes cristãos enfatizavam que a paciência deles estva no seu limite devido à violência praticada contra eles, os fundamentalistas muçulmanos começaram mais ataques no norte do estado de Jigawa, queimando três igrejas na cidade de Dutse.

Lamentando os atos condenáveis de violência no país, o arcebispo Peter Akinola deu o alerta na capital de Abuja. Ele disse que não há justificativa para a agressão incessante contra os cristãos. O Dr. Peter  é líder da Igreja Anglicana e o presidente nacional da Associação Cristã da Nigéria (ACN), uma instituição neutra que une os cristãos no país.

A ACN anunciou à imprensa: Como pode alguém explicar a razão de invadirem uma igreja onde mulheres, crianças e homens oravam, e pedirem para que eles se rendessem e se deitassem de bruços e então esfaqueá-los até a morte na sua casa de adoração?

A nota, assinada em nome das igrejas da Nigéria lideradas pela ACN, declarou que os cristãos na Nigéria nunca iniciaram qualquer ato de violência contra os muçulmanos, e questionou o porquê de assassinatos de cristãos e destruição de igrejas se tornou um passatempo muçulmano.

A nota também afirmou que o governo nigeriano e suas agências de segurança  se demonstraram indiferentes às dificuldades dos cristãos, particularmente no norte da Nigéria. A nota também expressou a tristeza dos líderes da ACN pelo fato de nenhum dos responsáveis pela violência ter sido preso.

Mesmo a polícia e outras equipes de segurança que são pagas através de impostos recolhidos por cristãos para sua proteção, não estão fazendo nada, escreveu o líder dos cristãos.

Eles alertaram que a população cristã está chegando perto dos limites da paciência e explicaram que a liderança da ACN tem acalmado os cristãos exaltados para evitar sua reação contra os muçulmanos. Eles dizem que os muçulmanos devem parar com as provocações, se estivermos todos sinceramente interessados em uma co-existência pacífica.

Enquanto isso, os fundamentalistas muçulmanos no estado de Jigawa queimavam três igrejas na cidade de Dutse. Os santuários da Igreja Cristã Redimida, Igreja do Calvário e a Igreja da Fé Viva foram avaliados em vários milhões de dólares.

Antes da destruição das igrejas, um líder fundamentalista local, Alhaji Ibrahim Adamu, havia levado a liderança da Igreja da Fé Viva para a justiça. Alhaji exigiu que a igreja se retirasse da cidade porque, como um muçulmano, a presença da igreja afetava seu poder de reação.

O caso ainda estava sendo julgado quando o clero muçulmano liderou um grupo de extremistas em um ataque contra a igreja e roubou os bens da igreja. Preso e acusado por roubo, Alhaji foi, em seguida, mantido sob custódia. A ação da justiça revoltou os seus seguidores muçulmanos, que queimaram as igrejas e atacaram os cristãos.

O agente do comissário da polícia estadual, Haz Iwendi, confirmou a destruição das igrejas. Sim, três igrejas, a Igreja Cristã Redimida, a Igreja do Calvário e a Igreja da Fé Viva, foram destruídas pelo fogo, mas ninguém foi morto nos ataques, Haz relatou, em Dutse.

O comissário da polícia estadual, Alhaji Sale Abubakar, ordenou que os jornalistas fossem barrados nos locais destruídos pelo fogo porque tememos que relatórios sobre os ataques incitem mais violência no país.

O secretário do governador de Jigawa, Alhaji Ibrahim Hassan, descreveu o incêndio das igrejas e a violência contra os cristãos na cidade como triste e lastimável.

Hassan, um muçulmano, disse: É uma ação de um grupo de desordeiros para desestabilizar o estado. O governo está consciente de suas responsabilidades com relação à proteção de vidas e de propriedades.

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