Portas Abertas • 5 mai 2017
Recentemente, a polícia cazaque invadiu pelo menos duas reuniões cristãs, nas cidades de Temirtau e Taraz. Na ocasião do domingo de Páscoa, os agentes emitiram, quatro multas sumárias totalizando um valor que se aproxima a 9 meses de salários. De acordo com vários cristãos que se queixaram ao Fórum 18 (Organização dos Direitos Humanos para Liberdade Religiosa), as multas dadas para aqueles que se reúnem religiosamente estão aumentando. Em um caso separado, um tribunal da cidade de Almaty, no sul do país, proibiu os fiéis de uma igreja de se reunir por três meses (de 13 de abril a 12 de julho). O tribunal também emitiu uma multa pela realização de culto em um local diferente do endereço registrado pela igreja. Um cidadão indiano, associado a igreja, está apelando na justiça por causa da multa. Por outro lado, um dos funcionários do Departamento de Assuntos Religiosos de Almaty, Karshyga Malik, disse ao Fórum 18, que os casos administrativos contra a igreja e também do cidadão indiano, estavam entre os 33 casos registrados desde o início de 2017. A intenção das autoridades do Cazaquistão é punir aqueles que se reúnem sem a autorização do Estado. Os governantes alegam que as reuniões cristãs precisam ser registradas e que ""desafiar essa restrição é enfrentar a própria polícia e os funcionários do governo"". Um dos Conselhos de igrejas cristãs disse à mídia que começou ""uma nova onda de ataques contra a igreja no país"". Segundo o Conselho, os tribunais aplicaram cerca de 20 multas desde o começo do ano. Embora seja possível contestar tais multas através do ministério público, é um processo difícil, semelhante às condenações judiciais, já que é necessário apresentar um recurso ao tribunal superior. Leia também
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