Nova resolução da ONU discute direitos humanos no Irã

A Assembleia Geral da ONU se reuniu no dia 19 de novembro em Nova York e adotou uma nova resolução sobre a situação dos direitos humanos no Irã. O documento condenou fortemente o histórico de direitos humanos do país, incluindo “o aumento contínuo e os impactos cumulativos da perseguição há anos” contra cristãos, bahá’ís, judeus, muçulmanos e outros.
O Brasil faz parte dos 79 países, que também inclui Canadá, Dinamarca, Estados Unidos e Reino Unido, que apoiaram a resolução. A medida é vista com esperança por especialistas da Portas Abertas com potencial para dar visibilidade e enfrentar a realidade da perseguição religiosa a minorias no Irã, como os cristãos.
Cristãos presos por causa da fé no Irã
O relatório anual da Portas Abertas Internacional – The Tip of the Iceberg – produzido em parceria com outras organizações que lutam pelo fim das violações de direitos dos cristãos no Irã registrou pelo menos 139 cristãos presos no país no ano passado por causa da fé ou por atividades religiosas. O relatório descreve em detalhes a vigilância, o assédio, as multas e as longas penas de prisão que afetam os cristãos no Irã, especialmente os de origem muçulmana.
No início do ano, representantes da Portas Abertas Internacional lançaram esse relatório na ONU, em Genebra, para coincidir com a Revisão Periódica Universal do Irã. Na oportunidade, foi solicitado ao governo que garanta o direito à liberdade de religião para todas as pessoas no Irã, que liberte cristãos presos e outras minorias religiosas detidas por acusações relacionadas à fé, que cesse a criminalização da organização e participação em igrejas domésticas e que pare de usar dispositivos como os Artigos 499 e 500 do Código Penal Iraniano para deter injustamente cristãos e outras minorias.
Muitas das solicitações do início do ano correspondem à resolução publicada recentemente pela ONU. “Esse reconhecimento confirma o que nossas equipes, nossos parceiros e a igreja em geral têm testemunhado há muitos anos: aumento da vigilância, da pressão e das prisões direcionadas a cristãos simplesmente por praticarem sua fé. Continuamos comprometidos em permanecer ao lado de nossos irmãos e irmãs na fé iranianos, defendendo sua dignidade, apoiando-os em sua jornada de discipulado por meio de parceiros locais e orando por um futuro em que cada pessoa no Irã possa adorar livremente, sem medo”, disse o assessor da Portas Abertas Internacional sobre o Irã.
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