Novo líder de Cuba alega não ser um reformador

A família Castro “deixa” a liderança de Cuba, mas a esperança de mudança não é grande

Portas Abertas • 24 abr 2018


Estejamos todos em oração pela Igreja em Cuba (Foto representativa)

Estejamos todos em oração pela Igreja em Cuba (Foto representativa)

Raúl Castro, que substituiu seu irmão Fidel como presidente de Cuba em 2006, deixou o cargo nesta semana, pondo fim a décadas de governo da família. Seu sucessor, Miguel Díaz-Canel – que até agora era o primeiro vice-presidente do país – assume um papel histórico de liderança, tornando-se o primeiro presidente fora do clã de Castro a liderar o governo. Apesar da expectativa de que essa mudança de poder gera, analistas e pesquisadores duvidam que isso levará a uma transição política ou a uma mudança significativa na forma como o país é governado. Pelo menos não enquanto Raúl Castro permanecer como chefe do Partido Comunista e das Forças Armadas Cubanas, que controla grande parte da economia.

Entre líderes religiosos, dissidentes políticos e ativistas de direitos humanos entrevistados para um relatório do Observatório de Liberdade Religiosa na América Latina, nenhuma mudança na área de direitos religiosos deve acontecer e a incerteza prevalece sobre o que a nova liderança significaria para o futuro do país. "Díaz-Canel é considerado uma continuação da revolução. Além de qualquer expectativa, o novo presidente declarou publicamente que não é um reformador e que defenderá os ideais da revolução", dizem analistas da Portas Abertas em relatório.

O documento também cita Arturo Lopez Levy, cientista político e especialista em Cuba, que diz que a mudança na liderança do país não significará maior abertura política. "A atual elite política não vai cometer suicídio político e muito menos sob as condições hostis que o governo dos Estados Unidos mantém em relação a Cuba”, diz ele.

Perseguição e repressão

Durante as seis décadas que a família Castro governou a ilha, a igreja sofreu uma grande repressão e perseguição. As atividades são totalmente controladas pelo governo, e as reuniões públicas para evangelizar não são permitidas. Ministros religiosos são muitas vezes perseguidos e até presos, e tem havido muitos incidentes envolvendo abuso físico e mental, bem como ataques contra casas de pastores.

Pedidos de Oração

  • Ore para que a misericórdia de Deus esteja sobre aquele país, os governantes e aquele povo. Principalmente, que derrame sua graça e consolo sobre seus filhos cubanos.
  • Peça para que a Igreja Perseguida em Cuba se fortaleça na palavra de Deus, que se lembre de tudo o que o Senhor tem feito por eles, mesmo em tempos de aflição.
  • Interceda por todos os que trabalham naquela nação para apoiar e cuidar dos cristãos e da igreja cubana, para que renovem suas forças e não desistam de lutar.

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