Portas Abertas • 8 jul 2015
O atual presidente ainda descreveu o Boko Haram como um “um grupo ateu estúpido, que está tão distante do islamismo, quanto se pode pensar.”
No entanto, a perpetuação da violência contra os cristãos na região do Cinturão Médio, área central nigeriana, onde o sul, em grande parte cristã, encontra o norte, de maioria muçulmana, continua a ser motivo de preocupação.
Muhammadu Buhari é a primeira figura da oposição que consegue ganhar uma eleição presidencial na Nigéria, desde a independência em 1960. É muito provável que Buhari tenha a intenção de reprimir as ações da Boko Haram, que tem sido responsável por grande parte da violência contra os cristãos nos últimos anos.
Porém a violência na Nigéria vai além do Boko Haram. Na última semana vários ataques contra comércio, igrejas e lares de cristãos têm novamente levantado questões sobre a perseguição religiosa na Nigéria.
Sob a sombra do grupo extremista, donos de propriedades e colonos nigerianos causaram a morte de milhares de cristãos e destruíram centenas de igrejas. Segundo o analista de perseguição da Portas Abertas, Dennis, isso se tornou um círculo vicioso de violência na região, liderado pelos Hausa-Fulani (união de dois povos da África Ocidental). Buhari pertence a essa facção e não há o que ele possa fazer para contribuir para o fim dessa violência.
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