Portas Abertas • 8 set 2018
No mundo hoje, a alfabetização ainda é privilégio de poucos
“Nosso professor de alfabetização nos ensinou a amar e valorizar nosso povo e nos ensinou sobre religião”, declara Zaw, que pertence a um subgrupo da etnia chin de Mianmar. Seu povo tem suas próprias tradições, língua e crenças religiosas. Mas tudo isso está se perdendo aos poucos conforme eles são influenciados e dominados pela etnia majoritária birmanesa e sua cultura budista.
Em 2017, Zaw participou de um curso de alfabetização que ajudou tanto a ela como seus compatriotas a perceberem a necessidade de recuperar sua identidade e língua. O colaborador local Mar*, diz: “Nosso objetivo era ajudá-los a reaprender sua própria língua e ensiná-la às próximas gerações. E, no processo, eles recuperam sua identidade e a segurança para amar sua cultura”. Hoje, no Dia Mundial da Alfabetização, damos graças a Deus por projetos de alfabetização para cristãos perseguidos, como os dessa tribo em Mianmar.
Alfabetização como meio de anunciar o evangelho
Alguns anos atrás, com a ajuda da Portas Abertas, a tribo criou um conselho de alfabetização, que fez registros escritos da língua para ajudá-los a ensinar. Promover a língua os ajudou também a ser mais unidos e anunciar o evangelho à sua comunidade. Uma das razões pelas quais essa tribo foi escolhida para o projeto é que ela é formada por 90% de não cristãos. Dos 56 participantes do curso, apenas três eram da família da fé.
“A alfabetização é uma porta de entrada para evangelizar este povo”, explica Mar. E foi o que aconteceu, pois o curso despertou o desejo de alcançar os não cristãos da tribo. No entanto, os cristãos ainda não têm a Bíblia em sua própria língua. Mar diz que os participantes do curso serão capazes de traduzir a Bíblia quando forem proficientes em sua própria língua. Canções cristãs estão sendo traduzidas para a língua local pelos próprios nativos com a ajuda da Portas Abertas.
Com o apoio de nossos parceiros, já treinamos 200 jovens professores, como Zaw. Com o certificado que recebem, poderão dar aulas em escolas do governo. Cento e vinte desses professores foram selecionados pelo governo para ensinar sua língua nos vilarejos. Zaw conclui com uma bênção sobre todos o que a ajudaram a recuperar sua identidade e língua: “Que Deus os abençoe por todas suas contribuições”.
*Nome alterado por segurança.
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