Portas Abertas • 30 jun 2016
Países do mundo inteiro, hoje, questionam se a corrupção não é o fator predominante que contribui para a pobreza, a instabilidade política e, como consequência o extremismo, que leva uma nação a experimentar a perseguição religiosa. Mas como? Há vários exemplos através das notícias publicadas recentemente, e que mostram que logo após um país se tornar instável em vários aspectos, ele abre brecha para os extremistas tomarem conta da situação, com suas ideias revolucionárias e seus próprios dogmas. No caso da Venezuela, onde a maior fonte de perseguição é a opressão comunista, assim como em outros países da América, como Cuba, México e Colômbia, o problema da instabilidade econômica foi o que agravou a situação, com uma taxa de inflação que chegou a 180%, sendo a mais alta do mundo. A igreja começou a ser atacada depois disso, mesmo que ainda num nível imperceptível. O motivo se originou no tráfico de drogas, como ilustra a matéria Igreja é vista como uma “pedra no caminho”.
Já no Mali, país que travou uma verdadeira guerra contra o Al-Qaeda, e que precisa inclusive de ajuda internacional para manter a segurança pública, quem tenta estar no controle são os extremistas islâmicos, que fazem de tudo para extinguir o cristianismo no país. No Quênia, onde cristãos se sentem cada vez mais vulneráveis, os ataques brutais do Al-Shabaab, como no caso da Universidade de Garissa, mostram que o país perdeu sua estabilidade e chegou a um ponto muito crítico. No Iraque, que já enfrenta uma guerra de vários anos, extremistas islâmicos estão até mesmo se aproveitando dos refugiados cristãos em seus objetivos políticos. Leia a matéria Cristãos são obrigados a assinar uma petição para entender melhor.
Agora os países europeus começam a abrir os olhos para essa realidade. Discussões entre líderes mundiais indicam que estão prestando mais atenção na corrupção. No primeiro semestre de 2016, o governo britânico sediou uma cúpula anticorrupção em Londres, com o objetivo de chegar a um acordo sobre medidas práticas para “expor a corrupção, punir os responsáveis ??e apoiar as pessoas afetadas, expulsando a cultura da corrupção onde quer que ela venha existir”. A corrupção vem sendo apontada por eles também como uma séria ameaça à liberdade de religião, citando como exemplos os países: Líbia, Iêmen, Sudão, Nigéria, Somália e Afeganistão. O México foi citado por tentar transformar as instituições cristãs em centros de receita por cartéis de drogas, onde a extorsão de pastores e empresários cristãos é muito comum. Oremos para que essas discussões tragam bons frutos para os cristãos nesses países.
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