Portas Abertas • 19 dez 2017
Cristãos foram atacados enquanto cultuavam a Deus em uma igreja no Golfo Pésico
Nesta segunda feira, os cristãos de um país no Golfo Pérsico enterraram seus onze mortos, vítimas de um ataque a uma igreja metodista ocorrido domingo. Por volta das 13h no horário local (6h da manhã, no horário de Brasília), após cantarem, verem a apresentação das crianças e ouvirem o sermão, os fiéis estavam em fila para tomar a ceia, quando ouviram o barulho de tiros do lado de fora. “Nós trancamos todas as portas e começamos a orar para Deus nos proteger. Então um homem-bomba se explodiu na porta principal. A explosão despedaçou a porta e feriu a muitos dentro da igreja. Alguns correram para fora e foram atingidos por tiros”, relata Sohail Yousuf, que perdeu uma filha de 13 anos no ataque e está com a outra de 16 anos em estado grave no hospital. Segundo fontes não oficiais, 50 pessoas ficaram feridas.
Uma fonte local contou à Portas Abertas que o primeiro a morrer foi o segurança da igreja, George Masih, que avançou contra os homens que iam na direção da igreja. Enquanto um outro segurança fechava a porta, dois homens se aproximavam. Há mais dois mortos que não foram contabilizados, porque a família levou os corpos. O brigadeiro aposentado Samson Simon Sharaf, um analista político próximo a agências de segurança, disse que havia quatro homens e que “eles estavam equipados com um amplo suprimento de munição e visavam fazer os fiéis reféns e matá-los um a um, prolongando a cena do terror o tanto quanto pudessem”. Ele diz ainda que um terrorista foi morto no complexo da igreja antes que pudesse se explodir. Os outros dois conseguiram fugir. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque, mas não apresentou nenhuma evidência, de acordo com um jornal do país.
Segundo a rede de TV Al-Jazeera, o chefe de polícia regional disse que eles já vasculharam a área ao redor da igreja e agora estão vasculhando a área periférica. Na mesma província, dez dias atrás um menino de sete anos foi morto por uma granada na entrada de uma colônia cristã. Algumas horas após o ataque, cristãos da região fizeram um protesto em frente ao clube de imprensa da cidade. Eles chamaram a atenção para o fato de que o governo não garante segurança suficiente contra extremistas islâmicos. Continue orando pelos cristãos da Igreja Perseguida no Golfo Pérsico, de forma especial pelos familiares enlutados e também pelos cerca de 50 que ficaram feridos.
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