Portas Abertas • 23 set 2017
Como parte do esforço para combater o aumento do extremismo e intolerância religiosa, o governo da capital Jacarta e a maior organização muçulmana no país (Nahdlatul Ulama) uniram forças para treinar pregadores muçulmanos para levar mensagens de unidade e paz. O programa começará em novembro, com 100 pregadores, com o objetivo de ensiná-los a pregar um islã tolerante e os verdadeiros ensinos do islamismo, diz o prefeito de Jacarta. Nos últimos anos, centenas de igrejas foram fechadas por não possuir a documentação necessária, como aconteceu em Cilegon alguns meses atrás. O presidente do Corpo de Cooperação Interdenominacional de Cilegon, Steven Polii, afirma que existe um acordo histórico entre o governo e líderes muçulmanos locais que dita que nenhuma igreja seja aberta na cidade. “A Arábia Saudita tem um papel fundamental no crescimento do islamismo radical na Indonésia”, afirma um professor de Liberdade de Religião da Universidade de Baylor (instituição cristã no Texas), em seu artigo para o Movimento Lausanne (uma rede de cristãos comprometidos com a evangelização mundial). A Arábia Saudita fornece redes de escolas, bolsas de estudos, livros didáticos e pregadores e professores que ensinam a linha saudita do islamismo, que é o wahabismo. De acordo com outro especialista em Liberdade de Religião, Paul Marshall, desde 1979, a Arábia Saudita já estabeleceu mais de 150 mesquitas na Indonésia. O islamismo na Indonésia é mais moderado, encorajando a democracia e relações pacíficas entre diferentes religiões. Por isso, o governo baniu grupos radicais muçulmanos e está introduzindo novas regras para impedir que o radicalismo se espalhe nas universidades. Leia também
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