Portas Abertas • 14 jan 2019
Governo chinês continua aumentando pressão sobre igrejas
Há cerca de um mês o pastor Wang Yi, sua esposa Jiang Rong e outros dez líderes da igreja Early Rain Covenant Church (Igreja da Aliança da Primeira Chuva, em tradução livre) em Chengdu, no oeste da China, foram presos por cultos supostamente ilegais. Outros cem cristãos foram detidos, interrogados e depois liberados. A esposa do pastor também foi liberada, mas o pastor e os outros dez líderes continuam sob custódia. Ele pode pegar até 15 anos de cadeia por “incitar a subversão do poder do estado”.
Uma semana depois desse incidente, 60 policiais e oficiais de questões religiosas fecharam a Igreja Rongguili, em Guangzhou, durante o culto de domingo sem aviso prévio. A igreja tem cerca de 5 mil membros. Um deles disse a um repórter: “Eles leram em voz alta avisos de execução declarando que nosso local era um encontro ilegal, com publicação ilegal e angariação de fundos ilegais e confiscou todas as Bíblias”. Centenas de Bíblias, telefones celulares e outros materiais foram confiscados e a igreja foi fechada.
O fechamento veio no final de um ano desafiador para os cristãos chineses, que enfrentam revisões de regulamentos religiosos e pressão das autoridades caso não se registrem. Algumas igrejas domésticas também foram ordenadas a permanecer pequenas e imperceptíveis e desistir de qualquer interação com cristãos estrangeiros. Desde 2017, o desrespeito por essas regras tem recebido uma crescente retaliação por parte das autoridades religiosas.
O pastor Wang Yi é um líder reconhecido e um dos três fundadores da Igreja da Aliança da Primeira Chuva, que conta com 750 membros. Ele é conhecido por sua oposição à intervenção do governo nas atividades da igreja e sua mobilização para que os cristãos exerçam seus direitos. Ele já foi preso antes, mas sempre liberado 48 horas depois. Todas as vezes em que a igreja foi fechada, os membros se reuniam em parques e pregavam o evangelho às pessoas ao redor.
Outras igrejas de Chengdu continuam suas atividades normalmente. Pastores são monitorados e o número de policiais que aparecem para vigiar os cultos voltou ao normal, de um ou dois. Membros da igreja fechada passaram a frequentar outras igrejas ou abriram pequenos grupos.
Pedidos de oração
Leia também
Estudantes cristãos são pressionados a desistir de sua fé
Líderes cristãos enfrentam prisões e pressão do governo
Autoridades chinesas fecham seis igrejas secretas