Portas Abertas • 27 jul 2015
Embora, o tribunal do Sudão decidiu que não há provas suficientes para acusar os dois pastores sul-sudaneses por espionagem, uma acusação que acarreta em pena de morte. Na audiência, que foi realizada em Cartum, o tribunal decidiu que os pastores devem ser julgados por sete crimes diferentes, incluindo conspiração criminosa, espionagem, promoção de ódio entre seitas, blasfêmia, obtenção de documentos oficiais, por minar o sistema constitucional e perturbação da paz.
Segundo informações do site cristão Christian Post, dois destes crimes podem também levar à pena de morte. De acordo com o Centro Americano para Lei e Justiça, a maioria das listas de provas contra estes pastores está acessível ao público. As acusações foram baseadas em poucas evidências, um mecanismo que o governo do Sudão tem utilizado para perseguir os cristãos.
Ashagrie, analista da Portas Abertas, explica: ""Que os dois pastores devem enfrentar o julgamento, disto não há dúvidas, quem está familiarizado com a atitude do governo do Sudão, sabe disso. O governo sudanês tem perseguido os cristãos sob o pretexto de execução das leis de apostasia e blasfêmia, muitas vezes, apenas porque eles serem cristãos”.
A situação é ainda mais grave porque o Judiciário do país não é independente e, muitas vezes, acata as instruções do Serviço de Inteligência e Segurança Nacional (NISS). “Existe também um conflito, no sul do Sudão, por causa dos combates entre o Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA), do norte e o governo de Cartum. Juntando todos estes conflitos que ocorrem no país, onde houver cristãos, são eles que serão acusados por participarem de conspirações criminosas e minar o sistema constitucional”, finaliza Ashagrie.
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Pastores sudaneses enfrentam possível pena de morte no Sudão