Portas Abertas • 27 mai 2015
Em quatro anos de guerra civil na Síria, pelo menos 63 igrejas foram destruídas ou danificadas, segundo o Syrian Network for Human Rights (Rede Síria pelos Direitos Humanos, tradução livre) – organização não partidária que visa documentar e divulgar as constantes violações dos direitos humanos na Síria. Eles afirmam que o governo sírio foi responsável por quase dois terços dos ataques. Forças da oposição foram responsáveis por 14, grupos extremistas islâmicos (Estado Islâmico e Al-Nusra) por sete e aproximadamente 40 foram provenientes do governo de Al-Assad.
“Os cristãos e as igrejas sofreram como todo o povo sírio. Mísseis, armas químicas e bombas não diferenciam cristãos de não cristãos”, disse o porta-voz da Rede Síria, Dr. Wael Aleji.
As acusações e a atribuição de culpa pelos ataques cometidos ficam cada vez mais complexos. Em um relatório da Rede Síria, publicado no início de maio, o ataque intencional do governo a uma igreja em Kasab foi questionado. Segundo uma fonte local, quem, de fato, atacou e queimou a igreja foi o grupo Al-Nusra.
No entanto, os grupos extremistas, as forças do governo e a oposição são acusados por ataques propositais contra as igrejas, e não aleatórios. Os três também são suspeitos de violar leis internacionais, usando igrejas como bases militares.
Enquanto isso, apenas o Estado Islâmico é acusado de destruir e também de queimar quatro igrejas, mas todos são acusados de saquear e quebrar itens das igrejas.
""Após a ascensão e expansão de grupos extremistas islâmicos (...) cristãos ficaram presos entre o fogo do governo Al-Assad e o inferno dos grupos extremistas"", diz Aleji.
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