Portas Abertas • 11 fev 2019
Jovens ex-muçulmanos, como Raisa, se reúnem para frequentar classe de discipulado
Conheça a história da professora de jardim da infância de 23 anos, Raisa (pseudônimo). Enquanto outras pessoas ensinam crianças por amor aos pequenos, ela era um caso diferente. Na verdade, Raisa costumava odiar crianças. “Eu tive uma infância difícil. Nunca me senti amada por meus pais. Eles costumavam abusar de mim, física e verbalmente. Eles me odiavam e eu os odiava. Então, por que deveria me preocupar em amar outras pessoas?”, conta.
Certo dia, ela teve uma visão enquanto orava. “Eu estava em uma floresta rodeada por penhascos e vi uma escada que levava até o céu. Uma criança estava parada lá sem ter um corrimão para segurar. Então, um pássaro veio a mim com um galho, que eu peguei e comecei a balançar perto da criança – como um sinal de que a ajuda estava vindo. Naquele momento, soube que Deus me queria para servir e amar crianças da maneira como ele recebia os pequeninos”, disse.
Raisa nasceu em uma família que se dizia cristã. Mas quando criança, pela falta de um modelo dos pais, ela decidiu seguir a fé de uma tia muçulmana e começou a usar o hijab (véu islâmico). Depois de encontrar seu mentor atual e descobrir a essência da redenção de Jesus, voltou para a antiga fé. “Eu ainda uso véu porque, sem ele, as pessoas criam uma ‘parede’ a cada vez que tento falar sobre Jesus. Com o hijab, ficam mais abertos para ouvir o que eu tenho a dizer”, explica.
Agora, ela frequenta fielmente uma comunidade de novos cristãos. “Eu preciso aprender mais da Bíblia. Só posso ensinar aos outros estudando”, disse. A classe de discipulado levou a uma mudança em seu caráter: “Eu era egoísta e arrogante. Não gostava de pessoas. Mas quando aprendi sobre Jesus – sua atitude, seu amor pela humanidade e a razão pela qual me ama – isso me mudou. Eu quero aprender a perdoar, especialmente meus pais, porque Jesus preencheu minha alma vazia”.
Hoje, Raisa alegremente dá aula em um jardim da infância público onde discretamente ensina princípios bíblicos para alunos não cristãos. Ela também prega para seus pais, irmãs e amigos. Diz ainda: “Meus pais, apesar de nascerem e serem criados como cristãos, estão cegos para a fé. Agora que estão se sentindo um pouco mais perto de Deus. Meu pai precisa ainda mais de oração: continua ficando bêbado e batendo em minha mãe. Mas o que tenho certeza é que devo amar aos outros como Jesus me amou”, concluiu Raisa.
Pedidos de oração
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