Presidente Buhari se manifesta sobre caso de Leah Sharibu

A mãe da menina deu uma coletiva de imprensa e falou com o presidente pela primeira vez desde o sequestro da filha

Portas Abertas • 5 out 2018


Rebecca, mãe de Leah, participou de uma coletiva de imprensa

Rebecca, mãe de Leah, participou de uma coletiva de imprensa

A mãe de Leah Sharibu, a menina cristã detida pelo Boko Haram há mais de sete meses, apelou ao presidente do país para assegurar a libertação da filha. Leah, 15, foi uma das 110 meninas sequestradas em 19 de fevereiro na cidade de Dapchi, no estado de Yobe. Depois de um mês, todas as meninas foram liberadas, menos a cristã Leah, por se recusar a negar sua fé. No dia 16 de setembro, uma facção do Boko Haram anunciou ter matado uma voluntária da Cruz Vermelha e ameaçou matar outras três reféns, inclusive Leah.

No último fim de semana (29 e 30 de setembro), a mãe de Leah, Rebecca, viajou para Jos, capital do estado de Plateau, para participar de uma coletiva de imprensa. Lá ela relembrou que os sequestradores deram um ultimato afirmando que Leah seria a próxima a ser morta. Ela disse: “Ao entrarmos no mês de outubro, eu apelo ao governo federal e ao presidente para que ouçam meu clamor e o clamor do pai de Leah, para que assegurem a libertação da nossa filha”.

Rebecca também negou relatos segundo os quais havia processado o governo nigeriano, exigindo mais de um milhão de dólares de indenização pelo sequestro da filha. O processo foi aberto por uma organização não governamental americana em 19 de setembro e disponibilizado para a mídia de Jos em 25 de setembro. Rebecca diz que ela e o marido não sabiam disso e afirma: “Eu não quero dinheiro, tudo o que quero é que minha filha seja solta”.

Governo reitera determinação de trazer Leah em segurança

O pai da menina, Nathan, não pôde ir a Jos devido ao seu trabalho, mas falou com a mídia por telefone e reiterou o pedido da esposa, apelando também à comunidade internacional. Ele disse: “Desde o sequestro da nossa menina, nossa família tem estado muito triste. Meu filho Donald, de 13 anos, que costumava brincar e fazer tudo com ela, tem sido muito afetado por sua ausência e fica perguntando: ‘Quando a Leah vai voltar para casa?’ Como pai, eu o encorajo dizendo: ‘Pela graça de Deus, ela vai voltar a qualquer momento’”. Ele acrescentou que não sabe se o governo está em negociação com os rebeldes.

O presidente Buhari falou pela primeira vez com a mãe de Leah desde o ocorrido. No Tweeter, ele escreveu: “Hoje eu falei com a sra. Rebecca Sharibu, para reiterar nossa determinação de trazer sua filha Leah de volta em segurança. Os pensamentos e orações de todos os nigerianos estão com a família Sharibu e com as famílias de todos que ainda estão em cativeiro. Vamos fazer tudo o que podemos para trazê-los de volta”. É o primeiro contato de um oficial do governo com a família.

Em maio, o pai de Leah acusou o governo de abandonar a família, dizendo: “Eu não recebi nenhum apoio do governo, mas sim da comunidade e dos membros da igreja. Agradeço a Deus porque eles me encorajam e me elevam com suas orações, visitas e palavras de conforto”. No aniversário de 15 anos de Leah (14 de maio), ele disse: “Eu não recebi nenhum contato do governo federal, estadual ou local desde que minha filha foi sequestrada. Eu estou até confuso agora”.

Leia mais
Igrejas nigerianas se mobilizam por Leah Sharibu
Refém é morta pelo Boko Haram e outras são ameaçadas
A longa espera dos pais de Leah Sharibu

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

Facebook
Instagram
YouTube

© 2025 Todos os direitos reservados

Home
Lista mundial
Doe
Fale conosco