Portas Abertas • 13 mai 2022
Toque de recolher foi imposto no país por causa da violência (foto: representativa)
[Atualizado em 16/05/2022]
Depois de semanas de protestos pacíficos contra o governo no Sri Lanka, a violência irrompeu na última segunda-feira, 9 de maio. Alguns apoiadores do governo atual tomaram a capital e as áreas rurais para atacar os que protestavam pacificamente. Mesmo com o forte policiamento desde cedo, eles começaram o ataque na frente da residência do primeiro-ministro e no escritório do presidente.
Entre os protestantes pacíficos estavam mulheres, padres e muitos outros civis inocentes que foram agredidos pela multidão de opositores, muitos deles embriagados. A energia das casas de mais de uma dúzia de políticos foi desligada e veículos oficiais foram danificados.
Ônibus e caminhões usados pelos manifestantes pró-governo na capital, Colombo, e arredores também foram alvos. Muitas casas que pertenciam ao presidente e ao primeiro-ministro foram incendiadas em diferentes partes do país, enquanto o museu da família, na vila ancestral deles, foi depredado.
Durante seu pronunciamento, o primeiro-ministro, Mahinda Rajapaksa, anunciou publicamente sua renúncia depois de 20 anos da família no governo. No entanto, o estrago já estava feito: cinco pessoas, incluindo parlamentares, foram mortas, e aproximadamente 200 pessoas ficaram feridas.
Policiais lançaram bombas lacrimogêneas e jatos de água para dispersar as pessoas. Foi declarado toque de recolher imediato em Colombo, que foi seguido no restante do país, e permaneceu até a manhã do dia 11 de maio.
O toque de recolher não incomodou os opositores do governo, que contrariaram a polícia tentando retaliar os protestantes que apoiavam o governo. Muitos deles se juntaram ao redor da casa oficial do presidente e da residência do primeiro-ministro para mostrar sua desaprovação, mesmo com o toque de recolher instaurado.
A renúncia do primeiro-ministro foi recomendada pelo irmão, Gotabaya Rajapaksa, atual presidente do Sri Lanka. Outros irmãos e parentes dos Rajapaksa que ocupavam cargos no governo renunciaram, mas o presidente afirmou que permanecerá no cargo. Desde que se tornou independente da Inglaterra, em 1948, o Sri Lanka não tinha vivido uma crise financeira como a atual. Devido à crise, opositores da família Rajapaksa pediram a renúncia do presidente e do primeiro-ministro. Eles reclamaram do aumento de 30% nos preços de alimentos, do racionamento de energia e da escassez de combustível e de remédios, intensificados em 2021.
Ranil Wickremesinghe assumiu o cargo de primeiro-ministro no dia 12 de maio. O ex-ministro, Mahinda Rajapksa, e aliados queriam deixar o país, mas foram proibidos de fazê-lo. Outros cidadãos fugiram da capital, Colombo, por causa da situação caótica vividas nos últimos dias. Além da instabilidade social, Ranil, o novo ministro, afirmou em seu primeiro discurso que o petróleo do país está acabando e que os próximos meses serão desafiadores.
Parceiros locais no Sri Lanka estão preocupados com a segurança das pessoas e dos cristãos no país e pedem oração para que a paz seja restaurada.
Os cristãos no Sri Lanka enfrentaram um grande ataque em 2019. Sua doação pode ajudar esses irmãos a se recuperarem, mostrando que eles não estão sozinhos nesse momento de incerteza e de pressão.
Pedidos de oração
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