Portas Abertas • 20 ago 2020
Os cristãos das ilhas da África Oriental vivem sob enorme pressão da maioria muçulmana, que quer estabelecer um sultanato na região
Se você já foi falsamente acusado de algo, sabe os sentimentos negativos que isso provoca. Foi essa injustiça que Mercy, de 24 anos, enfrentou só por ter se convertido a Cristo. Quando o chefe dela descobriu que ela havia abandonado o islamismo para se tornar uma seguidora de Jesus, ele a acusou de roubo e reduziu o salário dela a um sexto do que era. Isso aconteceu em Lamu, uma das ilhas da costa oriental da África, região mais conhecida como Costa Suaíli, formada por várias ilhas, como Lamu, Mombasa e Zanzibar.
A região é um lugar de beleza espetacular e oferece alguns dos destinos de férias mais exóticos do mundo. Esses lugares incomuns oferecem ao viajante paisagens notáveis, ricas experiências culturais e comida exótica. Mas para os cristãos locais, que são minoria neste “paraíso”, os arredores podem ser bastante hostis.
Os muçulmanos sonham em transformar a região no sultanato que já foi. Séculos atrás, os comerciantes muçulmanos navegavam nesses mares e levaram para lá escravos, especiarias, a língua árabe e a religião islâmica. A visão agora é estabelecer um Estado controlado pela sharia (conjunto de leis islâmicas) que comece na Somália e vá até o Sul, chegando à província de Sofala, em Moçambique. A região seria desprovida de qualquer “infiel”, ou seja, influência cristã. Até o dia em que levantem uma bandeira oficial sobre seu sultanato, muitos muçulmanos desta costa vivem como se isso já tivesse acontecido.
Caminhando com a morte
A vida é extremamente difícil para os cristãos que vivem lá e em outras áreas ao longo da Costa Suaíli, do Quênia e da Tanzânia. A fronteira da Somália com o Quênia é tão volátil, que tem sido fácil para os extremistas cruzarem para esta área e atacar os cristãos. Em 2014, uma série de ataques nesta grande região deixou 88 cristãos mortos. Um cristão descreveu aqueles dias como “caminhando com a morte”.
Nesse contexto, existe uma comunidade de cristãos que está constantemente sob pressão para se converter ao islã e ser recompensada com aceitação social e inclusão econômica. Esses cristãos provavelmente não se descreverão como uma expressão ousada ou vibrante do corpo de Cristo. Mas eles estão lá, silenciosamente resplandecendo a luz de Cristo na escuridão, entre as pessoas que os consideram como inimigos, sabendo que a maioria dos frutos de seu trabalho só serão revelados na eternidade.
Entre eles está Alan, 30, que trabalha como motorista. Ele foi atacado com um facão e dado como morto por se recusar a dar carona a um vizinho muçulmano no carro de seu empregador (porque ele não tem permissão para dar carona). O caso ainda está no tribunal. Quando seu empregador soube que ele não aceitaria suborno para desistir do caso, ele foi demitido.
Domingo da Igreja Perseguida 2020
Sabia que falta menos de um mês para o DIP, que será no dia 13 de setembro? Este ano, abordaremos os desafios dos cristãos ex-muçulmanos e, como igreja, vamos nos levantar para abençoar e fortalecer nossos irmãos que vivem em contexto de opressão islâmica. Envolva sua igreja nesse dia de oração pelos cristãos perseguidos. Cadastre-se e veja como é fácil participar do DIP.
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