Portas Abertas • 5 jun 2020
Os cristãos de Moçambique são afetados pelos ataques de extremistas em busca de impôr as leis islâmicas
Os constantes ataques em Moçambique mataram 600 pessoas e deixaram 115 mil deslocadas no território. O motivo da onda de hostilidade é o desejo do grupo Al-Shabaab de estabelecer um califado na região, ou seja, quer que o país seja governado pela lei islâmica. A província de Cabo Delgado é a mais atacada.
Em 2020, o grupo al-Shabaab, sem conexões comprovadas com os radicais da Somália, multiplicou a violência ao destruir vilarejos, decapitar pessoas e obrigar a fuga de outras centenas. Em uma entrevista à Agence France-Presse (AFP), o coordenador da agência de ajuda humanitária Médicos Sem Fronteiras afirmou: “meus colegas testemunharam filas de pessoas andando nas estradas principais enquanto suas aldeias pegavam fogo".
A Portas Abertas noticiou o ataque em que 53 jovens foram mortos porque não aceitaram o convite para fazer parte do grupo extremista. Duas semanas antes, os radicais tomaram as cidades de Mocimba da Paia e Quissanga. Lá, eles hastearam a bandeira do grupo. Os militantes não se preocupavam em esconder seus rostos em um vídeo divulgado, e um deles ainda afirmou: "Não estamos lutando pela riqueza, apenas queremos a lei islâmica".
Porém, os analistas acreditam que pela província de Cabo Delgado ser rica em gás natural, os grupos extremistas estejam reivindicando o controle local. Os registros da Portas Abertas indicam que, do total de 14, nove distritos da região já foram atacados. “A escalada da violência em Moçambique é perigosa. A maioria da população nas partes norte do país é muçulmana moderada, enquanto as regiões central e sul são dominadas por cristãos”, afirma Jo Newhouse*, porta-voz da Portas Abertas na África Subsaariana.
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