Portas Abertas • 22 dez 2017
Cerca de 20 mil refugiados já voltaram para a cidade de Qaraqosh, no Iraque. Qaraqosh era a cidade iraquiana com a maior população de cristãos antes da guerra com o Estado Islâmico, iniciada em 2014. Agora eles se preparam para o primeiro Natal desde que retornaram. Parada em frente a uma loja de decoração natalina, a jovem Merna diz: “Nós esperamos três anos por isso. Poder ir à igreja e ver que há pessoas comemorando o Natal é muito bom”.
Merna explica como é a época de Natal para os cristãos iraquianos. Ela diz que a primeira coisa que fazem é uma faxina geral na casa – mais profunda do a que fazem no dia a dia. “Só depois da limpeza é que colocamos a árvore de natal e as decorações na parede. Nessa época, as igrejas estão ocupadas preparando as celebrações para a noite e para o dia de Natal”, diz uma outra cristã.
“Todas as casas de cristãos são decoradas para o Natal”, diz o diretor de uma organização parceira da Portas Abertas no Iraque. “Mesmo durante o deslocamento, eles colocavam decoração em seus trailers”, acrescenta. Ele nos conta também sobre a comida servida na ceia. O prato natalino mais tradicional se chama pacha. É feito de cabeça, pernas, língua e outros pedaços de vaca ou cordeiro, que são cozidos e, junto com arroz, colocados como recheio dentro de um estômago (propriamente higienizado) de animal. Cerca de 80% das famílias cristãs comem o pacha no dia 25, após o culto de Natal.
Todos se vestem com roupas novas compradas especialmente para a ocasião. Além de árvore de Natal e comida típica, música também não poderia faltar. Os cristãos iraquianos cantam “Jingle bells” e “Noite feliz”, mas também as canções originais na própria língua, não apenas as traduzidas do inglês. No Iraque, os dias 25 e 26 de dezembro são considerados feriados para os cristãos. O governo do Curdistão anunciou que dia 25 será feriado para todos os cidadãos, mas Bagdá ainda não se pronunciou.
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