Jovens refugiados sem acesso à educação

Além de comida e abrigo, jovens refugiados precisam de educação 

Portas Abertas • 5 dez 2017


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Na abertura da 10a sessão do Fórum da Organização das Nações Unidas sobre Questões de Minorias, a advogada de direitos humanos Ewelina Ochab chamou a atenção para os obstáculos que jovens deslocados enfrentam para ter acesso à educação. Ela relatou que conheceu jovens e crianças iraquianos cristãos na Jordânia cujas famílias haviam fugido das Planícies de Nínive quando o Estado Islâmico invadiu a região, em agosto de 2014. “As necessidades deles vão além de comida e abrigo. Educação é uma das necessidades que ainda precisam ser supridas”, afirma a advogada. 

Ela diz ainda que esses jovens estão “congelados no tempo”. Pois, se por um lado há poucas oportunidades de continuarem seus estudos na capital jordaniana, Amã, por outro eles ainda não têm as habilidades e conhecimento para permanecer num emprego. No entanto, há felizes exceções. Em dezembro de 2016, uma igreja de Erbil, no norte do Iraque, abriu uma universidade para jovens deslocados. Eles começaram com 250 jovens, mas o objetivo é receber 500 estudantes de vários contextos religiosos. Cerca de 80 mil cristãos que fugiram das Planícies de Nínive se estabeleceram em Erbil. 

Citando um relatório da ONU sobre oportunidades de educação para jovens refugiados de minorias em outros países, a advogada observa que “apenas 50% das crianças refugiadas estão inscritas na escola primária, enquanto 22% dos jovens estão matriculados no ensino secundário, e apenas 1% dos refugiados estuda em universidades”. E completa: “Sem as chances proporcionadas pela educação, eles não poderão construir um futuro melhor para si mesmos e nem para seus filhos, e se tornarão uma geração perdida”. 

Como um exemplo do que pode ser feito, Ewelina mencionou uma iniciativa do governo da Hungria. Eles estabeleceram um novo departamento para assistir cristãos perseguidos de todo o mundo. Eles oferecem bolsa de estudo para 72 estudantes da Igreja Perseguida. Oremos para que essa iniciativa seja replicada em outros países e clamemos por todos os jovens refugiados de guerra. 

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