Portas Abertas • 4 fev 2015
O fim de semana de 16 de janeiro foi um dos mais tensos para os cristãos nigerianos. Os ataques de membros do islamismo radical contra a mais recente caricatura do profeta Maomé pela revista francesa Charlie Hebdo saquearam e queimaram cerca de 70 igrejas e dezenas de outras casas e empresas cristãs.
Neil e Danette Childs testemunharam em primeira mão a destruição da comunidade cristã do Níger, um país do oeste africano, de maioria muçulmana. Naquele momentos, eles sabiam que estavam em perigo.
De sua casa na capital do Níger, eles podiam ver três igrejas cristãs em chamas e a fumaça já começava a encher o apartamento que a família morava. “Imediatamente começamos a arrumar as malas, colocando objetos de maior valor, dinheiros, os nossos documentos, e embarcamos tudo no carro”, conta Neal. “Provavelmente, nossa família seria o próximo alvo”, explica ele, que é líder de um ministério cristão.
E a família Childs tinha todos os motivos para se alarmar. Uma multidão em fúria estava atacando casas que recebiam pequenos grupos de estudos bíblicos e famílias cristãs e outras famílias cristãs.
“Há um pouco mais de pânico”, disse ele durante uma conversa telefônica de onde estavam refugiados. “Nós estávamos prontos. Estávamos em guarda.”
Só em 16 de janeiro e até o final da semana muçulmanos incendiaram pelo menos 45 igrejas e saquearam as casas de um número considerável de ministros cristãos. Dez pessoas foram mortas. Outros cristãos fugiram, para salvar suas vidas.
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