Três professores cristãos são mortos em ataque em Garissa, no Quênia

Apesar de ainda não ter assumido a responsabilidade pelo ataque, Al-Shabaab é o maior suspeito

Portas Abertas • 14 jan 2020


Garissa é novamente alvo de ataques do Al- Shabaab. Em 2015, o grupo fez 148 vítimas na Universidade de Garissa

Garissa é novamente alvo de ataques do Al- Shabaab. Em 2015, o grupo fez 148 vítimas na Universidade de Garissa

Na madrugada do dia 13 de janeiro, entre 1h e 2h da manhã, suspeitos membros do Al-Shabaab realizaram um ataque violento no condado de Garissa, no nordeste do Quênia. Os militantes islâmicos invadiram a escola de Kamuthe, às margens do rio Tana, mataram a tiros três professores cristãos da escola e balearam outro. Os professores mortos são Caleb Mutangia Mutua, 28 anos, Titus Sasieka Mushindi luhya e Samwel Mutua Kamba, ambos de 29 anos. Joshua Mutua Kamba, 30, levou dois tiros nas pernas.

A milícia também atacou uma base de patrulha policial, ateando fogo ao local. Além disso, os militantes danificaram uma torre de sinal de telefonia celular localizada na feira de Kamuthe. Embora o Al-Shabaab ainda não tenha assumido a responsabilidade pelo ataque, o grupo é suspeito de estar por trás dos atentados.

Fontes locais informaram à Portas Abertas que o provável motivo é a continuação dos esforços de retirar a presença cristã da área de domínio muçulmano na fronteira com a Somália. O secretário regional de Educação do condado de Garissa, Yusuf Karayu, disse que a escola foi fechada e que todos os professores que atuam na fronteira serão transferidos imediatamente.

Desde dezembro, o Al-Shabaab tem realizado vários ataques violentos no Quênia. Em 5 de janeiro, eles atacaram uma base militar americana na região costeira de Lamu, destruindo várias aeronaves e matando três americanos. Dois dias depois, mataram quatro civis, inclusive uma criança, durante um ataque a uma torre de telecomunicações perto de Garissa.

O grupo extremista islâmico publicou uma declaração na última quarta-feira, 8 de janeiro, alertando que o Quênia “nunca será seguro”, o que é uma ameaça para turistas e para os interesses dos Estados Unidos no país. O grupo disse que o Quênia deveria retirar suas forças da Somália enquanto ainda “tinha chance”. O Quênia enviou tropas para a Somália em 2011, como parte da missão de pacificação da União Africana no combate ao Al-Shabaab e tem enfrentando várias retaliações tanto às tropas na Somália quanto a civis no Quênia.

Amanhã faz um ano do cerco ao sofisticado complexo hoteleiro Dusit, na capital Nairóbi, em 15 de janeiro de 2019, que fez 21 mortos. Em ataques anteriores, o grupo matou 67 pessoas no shopping center de Westgate em 2013, e 148 estudantes na Universidade de Garissa, em 2015.

Pedidos de oração

  • Ore por nossos irmãos e irmãs da região, que mais uma vez estão em alto alerta. Peça que Deus conforte e dê esperança às famílias enlutadas.
  • Clame por sabedoria para o governo, para que tenha condições de garantir a segurança de todos os cidadãos que vivem na região.
  • Interceda para que os filhos de Deus encontrem uma forma de compartilhar a esperança que eles têm em Cristo. Ore por provisão, coragem e força nesse momento difícil.

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