Portas Abertas • 20 abr 2017
O ex-governador de Jacarta, conhecido como “Ahok” e seus partidários lamentaram a perda nas eleições do segundo turno de ontem. E, hoje, seu julgamento de blasfêmia já teve sequência com o promotor do caso exigindo uma sentença de um ano de prisão e dois de liberdade condicional. O que surpreendeu os advogados de defesa de Ahok é que o promotor não usou a acusação original de acordo com o Código Penal 156, por blasfêmia, em vez disso, agora ele é acusado por “expressar sentimentos hostis ou ódio contra um grupo específico”.
No caso dele, o grupo referido seria composto por seus adversários políticos. Mas Ahok se mostrou tranquilo em relação aos últimos acontecimentos. “Deus é quem dá autoridade a alguém e somente ele pode retirá-la. Ninguém governa sem a permissão de Deus. Em 2007, perdi as eleições para governador, mas venci em 2014. Então não fiquem tristes, Deus sabe o que é melhor”, disse ele aos seus apoiadores através de uma coletiva de imprensa.
Para muitos, essas eleições foram um teste de tolerância religiosa na Indonésia, o país muçulmano mais populoso do mundo, onde os conservadores se agitaram e os partidários islâmicos foram inspirados a protestar usando de rigor religioso. O país atualmente ocupa o 46º lugar na Lista Mundial da Perseguição, onde a igreja tem se preocupado com o destino da ideologia islâmica e com a perseguição aos cristãos em nível nacional. Ore pela igreja na Indonésia.
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