Uma família em fuga por causa da guerra na Síria

Após marido ser ameaçado de morte, família fugiu deixando tudo para trás e hoje vive em outra parte do país

Portas Abertas • 9 ago 2019


Dyala é mãe de três filhos e precisou fugir de vilarejo quando marido foi ameaçado de morte pelo "exército livre" da Síria

Dyala é mãe de três filhos e precisou fugir de vilarejo quando marido foi ameaçado de morte pelo "exército livre" da Síria

Durante os quase 9 anos de guerra na Síria, todas as cidades passaram por bombardeios, franco-atiradores e toques de recolher em vários níveis. Lugares como Raca foram muito afetados e os habitantes enfrentavam perigo e morte todo dia, o que levou muitos a deixar tudo para trás e fugir. Uma das famílias que fugiu é a família Samaan. Ela vivia em Al Thawrah, um vilarejo na província de Raca, próximo à barragem do rio Eufrates.

Essa Samaan e Dyala Jabour levavam uma vida simples trabalhando para o governo. Ambos trabalhavam no cartório, registrando nascimentos, mortes e casamentos. Com seus três filhos, eles frequentavam a única igreja cristã da cidade. Os meninos são Reemon, de 14 anos, Karim, de 10 e Michel, de 6.

Dyala nos conta como foi a mudança da família para Latakia, a 350Km da casa deles. Ela diz: “Reemon tinha 8 anos e Karim estava no jardim de infância quando nosso vilarejo foi tomado pelo, assim chamado, ‘exército livre’ – que é uma dissidência do exército nacional oficial. No espaço de um mês, logo após o nascimento de Michel, em 2013, não tínhamos comida, gás, eletricidade ou água. Um dia ouvimos muitos tiros e pensamos que a cidade estava livre, mas descobrimos que o exército livre tinha invadido o vilarejo, aterrorizando e matando as pessoas aleatoriamente”.

Ameaça de morte e fuga

O sorriso desvanece da face de Dyala quando ela se lembra desses fatos. “Eles acusaram meu marido falsamente de trabalhar para o exército e ameaçaram matá-lo, então precisamos fugir imediatamente”. Eles não levaram nada além dos dois filhos e um bebê recém-nascido. “Ainda temos a casa em Al Thawrah, mas acho que nunca vamos voltar para lá. Os meninos já estão adaptados à escola e temos novos empregos e um novo estilo de vida aqui”, explica. Além disso, de acordo com Dyala, os terroristas ainda estão em Al Thawrah.

Dyala continua contando que moram em casas alugadas desde que chegaram em Latakia, seis anos atrás. “Agora nossa casa é um pouco melhor, mas o aluguel é caro e meu marido trabalha em dois empregos para conseguir pagar. De manhã, nós dois trabalhamos no cartório, pois fomos transferidos. De tarde até a noite, meu marido trabalha em uma fábrica”, explica.

Dyala ficou sabendo que a igreja evangélica estava distribuindo comida, então ela se inscreveu para receber. A família Samaan é cristã ortodoxa, mas agora está frequentando duas igrejas evangélicas que, em Latakia, são apoiadas pela Portas Abertas através de parceiros locais. Ore por famílias como as de Dyala, na Síria, para que encontrem forças e esperança no Senhor para seguir adiante e reconstruir a vida, mesmo diante da perseguição e da guerra. (Essa história continua).

Ajude a igreja na Síria a se levantar

Através de parceiros locais, a Portas Abertas distribui alimentos para 15 mil pessoas na Síria. Sua doação possibilita que, em um mês, três cristãos recebam cestas básicas. Ajude a suprir as necessidades de famílias de cristãos perseguidos na Síria, fazendo-os saber que não estão sós.

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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