Portas Abertas • 8 nov 2020
As investigações permanecem em andamento e cerca de 200 suspeitos estão sob custódia
No domingo de Páscoa de 2019, a Portas Abertas noticiou os ataques realizados em igrejas e hotéis no Sri Lanka. O confronto às igrejas ocorreu durante as atividades religiosas da manhã e tiveram como alvo os seguidores de Jesus que frequentavam os cultos, incluindo muitas crianças. No total, 259 pessoas foram mortas e 500 ficaram feridas.
Um grupo extremista islâmico local foi apontado como mandante do atentado, já que um dos homens-bomba que se detonou dentro de um hotel pertencia a ele. Ao longo desse período de um ano e meio, muitos funcionários do governo, policiais e políticos foram chamados perante a Comissão Presidencial de Inquérito (PCol, da sigla em inglês) para depor sobre os ocorridos.
A investigação mostra que os oficiais de segurança teriam sido avisados pelas agências de inteligência estrangeiras sobre um possível ataque. Eles tiveram acesso a informações específicas, como os nomes dos supostos agressores e os alvos. No entanto, mesmo com esses dados em mãos, os funcionários não tomaram medidas para alertar e proteger os cristãos.
Após o ocorrido, alguns ministros instruíram os funcionários a não revelarem que tinham informações prévias sobre o assunto. O presidente e o primeiro-ministro do Sri Lanka negaram qualquer conhecimento sobre essas informações prévias, mesmo após o Serviço de Inteligência do Estado (SIS, da sigla em inglês) afirmar que tentou entrar em contato com eles por diversas vezes para informar o ocorrido.
Apesar de algumas prisões, a investigação permanece em andamento. Em abril de 2020, vários suspeitos, que haviam sido presos, foram soltos e a polícia alegou não ter provas do envolvimento deles. Isso desencadeou um debate no Parlamento e um protesto silencioso das famílias das vítimas. Em junho, a polícia anunciou que estava muito perto de concluir as investigações e, até então, cerca de 200 suspeitos estavam sob custódia da polícia. Os parentes das vítimas e as autoridades religiosas continuam pedindo por justiça e pela resolução do caso.
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