Portas Abertas • 8 mar 2020
Mariayamu conseguiu se recuperar do trauma da morte violenta do marido por meio do aconselhamento pós-trauma
“Eu não tenho marido. Somente esse pensamento já me traumatiza, eu posso passar o dia todo chorando.” Essa afirmação é de Mariayamu. Só quem conhece a cultura e a situação geral da mulher cristã na África Subsaarina sabe o peso que não ter marido representa para uma mulher.
Quando o Boko Haram atacou o vilarejo de Mariayamu, o marido lhe disse para fugir para a floresta com os filhos, pois devido a um problema físico, ele não conseguia correr. “Nós passamos a noite na floresta e voltamos na manhã seguinte e, então, descobrimos que ele estava morto.” Com a ajuda de alguns jovens, ela encontrou o corpo do marido, o enterrou e depois voltou para a floresta com os filhos.
“Ficamos na floresta por mais sete dias, aproximando nossa cabana do vilarejo cada dia um pouquinho”, conta. E, quando era seguro voltar, Mariayamu começou a longa jornada de cura e recuperação. Ela participou do aconselhamento pós-trauma oferecido pela Portas Abertas e através das sessões encontrou esperança novamente.
“Eu percebi que chorar o dia todo não é a solução ou o caminho à frente. Os ensinamentos trouxeram conforto para mim. Jesus é meu salvador. Ele tem o poder de me salvar de qualquer calamidade.” E assim Mariayamu continua seguindo o Senhor fielmente e confiando que ele providenciará para seus filhos.
Neste Dia Internacional da Mulher nos lembramos de quantas mulheres enfrentam situação semelhante à de Mariayamu em todo o mundo, vítimas de violência pelo fato de serem cristãs. Somente Deus pode curar feridas tão profundas na alma e restaurar a esperança para seguir adiante. Com essa convicção, a Portas Abertas iniciou programas em dez comunidades nigerianas afetadas pelo Boko Haram e outras formas de violência. O objetivo é ser uma fonte de alívio para que essas mulheres reconstruam suas casas e suas vidas.
A Portas Abertas desenvolve projetos em várias frentes na Nigéria, como discipulado, aconselhamento pós-trauma, projetos de geração de renda e serviços como poços, restauração de casa, igrejas, escolas e clínicas. Aproveite o Dia Internacional da Mulher para ajudar a escrever histórias de superação como a de Mariayamu. Com uma doação, você faz com que sobreviventes de traumas recebam ajuda imediata.
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