Portas Abertas • 8 dez 2017
A história de Débora se parece com a história de muitas outras viúvas africanas. Seu marido foi morto em um ataque de extremistas islâmicos em 2008. Culturalmente, a família do marido assassinado deve cuidar de sua esposa e filhos, mas, na prática, muitas famílias fazem exatamente o contrário. Eles roubam tudo o que podem da viúva e depois a expulsam.
Essa é a história de Débora. Ela estava em seu limite, e deixou de ter esperança na vida, quando encontrou força no aconselhamento pós-trauma oferecido pela Portas Abertas. Ela nos contou como tudo aconteceu.
“Naquela manhã de 2008, muçulmanos começaram a queimar casas, atirar e matar pessoas. Eu coloquei meu bebê nas costas, abri o portão e eu e meu marido saímos. Assim que saímos, atiraram no meu braço e também no peito do meu marido. Ele caiu, dizendo ‘meu coração, meu coração’”, relembra Débora. Ele ainda conseguiu se despedir de Débora, dizendo para ela ser confiante e corajosa. Disse que Deus estaria com ela.
Além do luto, desamparada pela família do marido
Depois que a cidade voltou à paz, seus cunhados tentaram fazer com que ela saísse da casa onde morava, para que eles pudessem ganhar dinheiro com o imóvel. “Eles não se importavam comigo. O irmão mais velho do meu irmão sempre me insultava, dizendo que iam me expulsar da casa. Então eu cedi e me mudei com meu bebê para uma casa alugada”, conta a cristã. Quando começou a participar do aconselhamento pós-trauma, Débora percebeu que não estava sozinha. Ela descobriu que essas coisas acontecem com muitas outras mulheres.
Ela compartilha que antes não tinha mais nada não via esperança na vida. “Mas agora minha vida é totalmente diferente. Sou muito grata pelos conselheiros; pessoas que nem me conheciam, mas se importam comigo. Por causa de Deus, eles cuidam de mim. Agora eu penso: ‘Senhor, tu estás vivo!’ Agora minhas lágrimas são de alegria”, celebra a viúva. Débora também testemunha como a Portas Abertas a ajudou com alimentação e pagou a escola do filho. “Eles mudaram minha vida e história. Eu só posso dizer ‘obrigada’”.
Pedidos de oração
Leia também
A realidade de uma das “mulheres do Boko Haram”
Mulheres sequestradas relatam experiência
© 2025 Todos os direitos reservados