Portas Abertas • 28 mai 2022
Khalid é um cristão etíope de origem muçulmana que enfrentou muitos desafios, mas permanece confiante em Deus
Há 31 anos, na Etiópia, aconteceu a Queda de Derg. Em 28 de maio de 1991, a junta militar comunista que tomou o poder em 1974 foi destituída. O nome Derg significa comitê ou conselho na língua etíope e também é uma abreviatura para “Comitê de Coordenação das Forças Armadas, Polícia e Exército Territorial”. A Derg era composta por cerca de 120 oficiais militares que governavam o país. Com o passar dos anos, alguns membros morreram ou foram expulsos.
Durante o governo da Derg, aconteceu a guerra civil na Etiópia. Todo o território estava mergulhado em uma onda de violência e os inimigos do conselho eram executados sem direito a julgamento. Nessa época, houve muitas denúncias de violações de direitos humanos e a população passou a enfrentar um crescimento maior da fome. A Derg acabou quando as forças rebeldes tomaram o poder em 1991.
Hoje, há 69,2 milhões de cristãos na Etiópia, mais da metade da população do país, que é de 115,4 milhões de habitantes. Porém, isso não garante que não exista hostilidade contra os seguidores de Jesus no país, que ocupa a 38ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2022 (LMP).
A Etiópia desceu duas posições na LMP, pois os ataques violentos diminuíram. Mas os cristãos do país precisam das orações, pois a pressão das famílias e sociedade aumentaram, marginalizando os que creem em Jesus.
Por causa dos laços com o governo, a Igreja Ortodoxa Etíope costuma perseguir muitas denominações protestantes e pentecostais. A pressão também vem da família e da comunidade, por isso muitos seguidores de Cristo são proibidos de realizar atividades religiosas.
Outro desafio para os cristãos na Etiópia é o extremismo islâmico, principalmente nas regiões leste e sudeste da nação. Nesses territórios, aqueles que decidem seguir a Jesus são marginalizados, pois não têm acesso a recursos públicos e empregos e vivem na miséria. Além disso, convivem com o medo de ataques extremistas a casas e igrejas.
A Portas Abertas contou a história de Khalid e de como ele teve a vida mudada após encontrar Jesus. Por ser um cristão de origem muçulmana, precisou de ajuda para abrir o próprio negócio e conseguir sustentar a família. Em 2020, ele perdeu a plantação de milho por causa de ataques de gafanhotos e teve os negócios abalados devido ao aumento de violência na região.
Mas Khalid permaneceu firme em Deus. No momento mais perigoso, ele enviou a esposa e as filhas para um local mais seguro. As coisas se acalmaram na região e Mulu, Sarah, Deborah e Lydia puderam retornar para casa. A Portas Abertas o ajudou a abrir um pequeno mercado que permitiu a independência financeira da família, mostrando o cuidado de Deus com eles e dando a oportunidade de Khalid e família testemunharem disso aos que estão à sua volta.
A fidelidade de Khalid a Jesus impactou os parentes dele, e agora a mãe e duas irmãs também passaram a seguir a Cristo. O cristão de origem muçulmana tem o coração grato aos parceiros da Portas Abertas e reconhece a generosidade da família na fé: “Porque vocês são abençoados, nós também somos abençoados”.
Cristãos têm lidado com a perseguição em muitos países da Lista Mundial da Perseguição, como a Etiópia. Sua doação pode ajudá-los a perceber o cuidado de Deus nas necessidades básicas e a fortalecer a fé desses irmãos.
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