Portas Abertas • 06 mar 2022
Muitas esposas de pastores também são chamadas para edificar a Igreja Perseguida
[Atualizado em 08 de março de 2024 às 11h]
Todo primeiro domingo de março, centenas de igrejas brasileiras comemoram o Dia da Esposa do Pastor. Muitas esposas de pastor da Igreja Perseguida estão à frente da igreja junto com o marido e por isso são as primeiras a enfrentar as consequências da perseguição, como pressão e violência.
Há pessoas que se referem a essas mulheres apenas como esposas do líder da igreja local. No entanto, o fato é que elas são mulheres chamadas pelo nome por Jesus para serem ativas no Reino de Deus tanto no trabalho, dentro da igreja e para a edificação da própria família.
A vida de uma esposa de pastor é repleta de apreensão e dificuldade. Porque quando um pastor é identificado nos países da Lista Mundial da Perseguição 2024, é comum que ele e toda família sejam ameaçados para interromper o trabalho, principalmente se ele evangelizar e discipular convertidos originários de religiões majoritárias. Caso o líder da igreja não obedeça aos perseguidores, pode enfrentar ataques, agressões, prisões e até a morte. Toda essa violência é dirigida à esposa e filhos do pastor também.
Esther Kausa, de 27 anos, perdeu o marido Isaac Muhindo Baraka na República Democática do Congo. O pastor desapareceu em 24 de novembro de 2021 e dois dias depois encontraram o corpo dele pendurado em uma árvore.
A realidade de Esther é comum em países onde há grupos radicais islâmicos (foto representativa)
Grávida, a cristã ficou abalada com a notícia de morte do marido e foi levada às pressas para o hospital, onde deu à luz, prematuramente, ao terceiro filho no dia 27 de novembro, mesma data do enterro do pastor. A Portas Abertas visitou a viúva e levou alimentos e outros itens para ela. Além de gratidão, Esther expressou outra necessidade: “Continuem orando por nós para que Deus nos sustente na fé e possamos criar nossos filhos em seus caminhos.”
Já Susanna Koh vive sem notícias do paradeiro do marido, o pastor Raymond Koh, na Malásia. Em 13 de fevereiro de 2017, ela viu o esposo pela última vez, antes de ele ser sequestrado por 15 homens mascarados. Desde então, ela e os três filhos lutam por notícias do líder cristão.
Susanna é constantemente ameaçada para abandonar a luta pela resolução do sequestro do pastor Raymond Koh
As investigações feitas ao redor do caso chegaram à conclusão de que o pastor Koh foi sequestrado por agentes da Seção Especial do Departamento de Polícia da Malásia. Mas até agora, a família cristã luta na justiça por informações concretas de onde o líder está, quem são os responsáveis pelo desaparecimento forçado e quais serão as punições deles.
Adolfina e o marido, o pastor Imeldo, enfrentaram forte oposição da comunidade indígena em que viviam no México. Após a conversão do casal, pregavam livremente e discipulavam outros indígenas que seguiam a Jesus. Logo, abriram uma igreja e a perseguição ficou acirrada.
Adolfina conta com o apoio da Portas Abertas para voltar à cidade de San Andres Yaa e continuar o trabalho de evangelização
O pastor Imeldo se recusou a parar de pregar, foi preso e a igreja foi destruída. Adolfina e ele foram expulsos da cidade e perderam o terreno de onde tiravam o sustento. A Portas Abertas deu apoio jurídico aos cristãos, eles ganharam o direito de retornar para San Andres Yaa, mas ainda aguardam o ressarcimento pelos bens destruídos.
Porém, o líder cristão faleceu de COVID-19 em 2020 e apenas Adolfina desfrutará do resultado da ação. “Ore pelo meu povo para que seja feita justiça, porque muitos anos se passaram. Só desejo que os irmãos continuem orando por nós”, finaliza a cristã.
Mulheres que decidem seguir a Jesus em países do Oriente Médio estão fadadas a enfrentar a perseguição dos familiares, comunidade e até das autoridades. Faça uma doação e permita que uma mulher cristã faça treinamento online para desobrir seu papel biblicamente e como liderar igrejas domésticas.
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