A perseguição em Bangladesh
A sociedade de Bangladesh cresce cada vez mais islâmica, com o governo fazendo mais para apaziguar as preocupações dos extremistas islâmicos, que pressionam todos os grupos de cristãos. Igrejas evangélicas, que trabalham entre a maioria muçulmana, enfrentam a maior perseguição. Mas mesmo igrejas históricas, são cada vez mais confrontadas com ataques e ameaças de morte.
Convertidos de origem muçulmana, hindu, budista ou étnica/tribal enfrentam as restrições mais severas, discriminação e ataques em Bangladesh. Eles frequentemente se reúnem em pequenas igrejas ou grupos secretos devido ao medo de ataques.
Conheça Sam
Sam (pseudônimo) coordena o trabalho da Portas Abertas em sete países asiáticos e é responsável pela distribuição de ajuda durante a crise da COVID-19 e pelo fortalecimento da igreja entre os cristãos ex-muçulmanos. Cristãos na Ásia são tentados com promessas de uma vida melhor por seus perseguidores há muito tempo, mesmo antes da disseminação do coronavírus na região e da necessidade urgente de ajuda humanitária.
“Essa é uma das táticas que eles usam o tempo todo. Eles pagam dinheiro, pagam benefícios e dão empregos no governo se os cristãos se converterem ao islã. Isso acontece em todo o Sudeste da Ásia e é uma tendência muito comum, por isso, não me surpreendo quando acontece durante esse tempo de pandemia”, esclarece Sam.
Ele explica que quando o apoio do governo chega ao vilarejo, o chefe da aldeia, sabendo que os cristãos não seguem a mesma fé da maioria, normalmente não cuida dessas pessoas. Eles sempre dizem: “Seus amigos cristãos o apoiarão”. Há muita discriminação.
Ele continua: “Também há pressão de grupos islâmicos para que os cristãos voltem ao islamismo. Se eles se reconverterem, receberão comida e outras coisas. Entendo que se você tem uma família de seis ou sete pessoas com filhos pequenos, e se você é um pai que não tem meios de ganhar a vida, quando alguém vem e diz que você só precisa se converter à religião dele e lhe dará comida, é muito tentador. É por isso que fazemos esse trabalho para ajudar, para que nossos irmãos sejam fortalecidos na fé durante esse período de pandemia”, solidariza-se Sam.
No caso de Bangladesh, a pressão aumenta diante dos desastres naturais ocorridos, deixando nossos irmãos bengaleses ainda mais vulneráveis.
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