A situação dos cristãos na China
A China abriga aproximadamente metade do um bilhão de câmeras de vigilância existentes no mundo. Elas estão basicamente em todos os lugares do país. Isso faz as pessoas se sentirem mais seguras, pois acreditam que ajudará na prevenção de crimes – caso aconteçam, policiais aparecerão para prender os criminosos.
Esse fato aparentemente simples esconde algo preocupante para a comunidade cristã local. O objetivo da vigilância do governo não é apenas proteger os cidadãos, apesar do que alega o Partido Comunista Chinês. Ele usa tecnologias, como reconhecimento facial, inteligência artificial e aprendizado de máquina para criar uma “forma de autoritarismo capaz de exercer um controle social sem precedentes”, segundo Josh Chin, vice-chefe do escritório do Wall Street Journal na China.
De acordo com o governo, todo esse controle visa manter a estabilidade do país, garantindo uma “sociedade harmoniosa e pacífica”. Para Yuhua*, parceiro local e especialista sobre o país, esse é um dos principais fatores para a mudança de posição da China na Lista Mundial da Perseguição. Nos últimos seis anos, o país passou do 43º para o 16º lugar. “Desde 2015, a voz da igreja se tornou mais forte, o que foi intimidante para o partido. Eles temem qualquer forma de desobediência ou deslealdade”, afirma.
Conheça Ming
Ming*, um cristão chinês, coloca caixas no porta-malas do carro estacionado em um beco escuro. Isso porque sabe que as autoridades não ficariam felizes com o conteúdo delas. Se ele for pego, provavelmente irá para a prisão. Isso porque o que ele faz pode ser considerado um crime, pois a carga é composta por Bíblias e a missão dele é distribuí-las para o máximo de pessoas, o mais rápido e discretamente possível.
Ming liderava secretamente pequenos grupos em sua cidade e também abriu uma empresa que servia como negócio de fachada para entrega de Bíblias. Quando as autoridades descobriram, Ming e os parceiros de negócio foram presos. Apesar disso, ele foi milagrosamente liberto. Mas seus companheiros não tiveram o mesmo destino.
Mesmo após sair da prisão, Ming continuou sendo monitorado. Isso fez com que perdesse a confiança nas pessoas, mas parceiros da Portas Abertas se aproximaram dele. Hoje, o cristão é grato pelo irmão Hao Ran*, parceiro local da Portas Abertas que o discipula e caminha com ele mesmo em meio às dificuldades.
Com seu apoio, Ming continua servindo a Deus, mesmo arriscando perder a liberdade e a própria vida, ele distribui literatura cristã e compartilha da palavra de Deus, ao mesmo tempo em que é discipulado por irmão Hao.
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