A perseguição no Irã
No Irã, a famosa prisão de Evin é conhecida pelos maus-tratos a que os presos são submetidos. Cristãos que passaram por lá a descrevem como “o inferno na terra”. E o governo da República Islâmica do Irã tem cada vez mais fechado o cerco aos cristãos de origem muçulmana e às igrejas domésticas, que são consideradas um “culto sionista” e uma ameaça para a segurança nacional.
Por isso, os cristãos iranianos são enviados para Evin ou outras prisões do país e recebem penas longas ou são obrigados a pagar valores altos de fiança. No período de pesquisa da Lista Mundial da Perseguição 2022, 49 cristãos foram detidos por motivos relacionados à fé e 16 foram condenados à prisão no país.
Conheça Ali e Zahra
Ali e Zahra pertenciam a famílias muçulmanas no Irã, mas conforme a fé cristã do casal se tornou pública após a conversão, as consequências chegaram. Ali perdeu o emprego, e a família, os privilégios sociais. Apesar de tudo, o amor por Jesus só cresceu. Eles se uniram a uma rede de igrejas domésticas secretas e foram presos por isso.
Zahra estava em um culto quando soldados a encontraram. “Nós os vimos chegando e tentamos esconder as informações que tínhamos. Mas eles entraram pela janela e nos prenderam. Fomos vendados e levados para um lugar desconhecido, onde nos interrogaram”, relembra Zahra.
Ali recebeu uma ligação dizendo que sua esposa sofrera um acidente e que ele precisava ir ao hospital. O cristão ligou para um amigo que trabalhava no local, mas ele negou que Zahra estivesse lá. Mesmo sabendo o que aconteceria, ele foi ao hospital. “No caminho, excluí os contatos do celular para manter os cristãos em segurança. Quando cheguei, agentes me algemaram, colocaram um saco na minha cabeça e me forçaram a entrar em um carro. Então me colocaram em uma cela de prisão sem luz, banheiro ou cobertor”, disse Ali.
O casal iraniano suportou dias de interrogatório. “Eu fiquei uma semana na solitária. Não havia travesseiro, coberta ou cama. Tarde da noite, eles me levavam para interrogatórios”, lembra Zahra. Ali suportou um tratamento parecido. “Eles perguntavam sobre os cristãos. Os interrogatórios duravam de três a cinco horas com objetivo de identificar igrejas secretas.” Para Ali, o abuso foi além do verbal ou psicológico. Ele foi muito agredido e até mesmo colocado em uma cadeira elétrica.
“Uma semana após sair, fui demitido, e meus filhos não podiam ir para a escola. Sempre que saía havia uma chance de não voltar. Todo dia era um sofrimento”, conta Ali. O casal iraniano suportou dois anos de perseguição constante, mas sabia que poderia ser preso a qualquer momento. Então a família tomou a difícil decisão de deixar o país. Atualmente, o casal e os dois filhos vivem na Turquia.
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