Relato da perseguição
Conheça Batoul

Batoul (pseudônimo) é uma jovem no Norte da África cujo pai era extremista e oprimia a família. Certo dia, ele começou a duvidar do extremismo islâmico, ouviu falar sobre Jesus e abriu seu coração. Apesar da mãe e das irmãs ficarem felizes por estarem livres dos abusos, não aceitaram a nova fé do pai. “Eu cresci muito próxima a meu pai e a alguns membros da igreja. Eu amava tudo”, conta. Aos 11 anos, ela recebeu Jesus como seu salvador e, aos 16, foi batizada.
“Eu paguei o preço pela minha conversão e do meu pai. Minha mãe e minhas irmãs não tinham coragem de persegui-lo, então se voltaram contra mim”, explica. Talvez por culpa, o pai também não a ajudava, se mantendo fora do conflito. Irmão Youssef*, um parceiro local da Portas Abertas, soube da situação de Batoul e falou com o pai dela. “Ele me fortaleceu, me lembrando que Cristo foi perseguido e enfrentou grandes sofrimentos. Como seus seguidores, também enfrentaremos provações”, explica. A jovem passou a frequentar uma igreja doméstica apoiada pela Portas Abertas
Por meio desse apoio, Batoul deu início a um ministério para mulheres como ela, que aceitaram a Jesus, mas foram rejeitadas e maltratadas por sua família e comunidade. Ela oferece orações e aconselhamento. “Eu entro em contato com as meninas, mas muitas temem sua família e sociedade, por isso têm medo de crer.” Batoul tem feito amizade com meninas em situações parecidas com a dela e usa sua experiência e o conhecimento de Deus como pai celestial para mostrar a elas a verdade de Jesus.
A perseguição aos cristãos no Norte da África
Mulheres em países no Norte da África, que inclui Egito, Líbia, Mauritânia, Tunísia, Argélia e Marrocos, vivem sob regras rígidas e restrições sociais, culturais e legais. Em muitos lugares, elas têm desvantagem, principalmente nas áreas rurais, onde são vinculadas a tarefas domésticas e vivem sob autoridade masculina. Essas meninas e mulheres muitas vezes não têm acesso a uma vida comunitária ampla e, em alguns casos, enfrentam casamentos arranjados ou forçados.
Em certas regiões, uma menina só sairá da autoridade do pai se ela se casar ou morrer. Meninas devem obedecer a seu pai e irmãos e, depois, a seu marido. Quando uma mulher se converte ao cristianismo e sua família ou comunidade descobre a nova fé, a vida dela pode rapidamente se tornar um pesadelo. Por causa disso, muitas mulheres escolhem esconder a fé, pelo menos no começo, por segurança.
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