Portas Abertas • 19 mai 2019
Cristãos são presos em contêineres de metal, submetidos ao calor terrível durante o dia e a temperaturas congelantes à noite
Na última sexta-feira, agentes de segurança prenderam 141 cristãos em Asmara, capital da Eritreia. Desse total, 104 são mulheres, 23 são homens e 14 são crianças. Eles foram capturados e separados pelas autoridades. Até agora, nenhum deles foi acusado. Há preocupação com o bem-estar dos menores e dos idosos entre eles.
Na Eritreia, a prática de prender quem se reúne ou exerce qualquer atividade religiosa sem a autorização do governo já causou a prisão de mais de dois mil cristãos, alguns dos quais ainda permanecem presos depois de 11 anos. O país está na 7ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019 e os principais tipos de perseguição que se estabelecem no país são a paranoia ditatorial e a opressão islâmica.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o governo da Eritreia tem cometido crimes contra a humanidade ao longo dos últimos anos. Prisões em contêineres, torturas e violência física têm feito parte da vida de muitos cristãos. Além disso, o país tem passado por escassez de medicamentos e alimentos.
Devido à situação de pobreza e da falta de liberdade, milhares de pessoas tentam migrar para a Europa atravessando o Mar Mediterrâneo em botes que mal navegam. Centenas já morreram tentando essa travessia. Cristãos que ficam no país são vigiados, pressionados a negar a fé e presos. A prisão é feita em contêineres de metal, em que são submetidos ao calor terrível durante o dia e a temperaturas congelantes à noite.
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