Posição no ranking:
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O governo só reconhece a Igreja Ortodoxa Eritreia (IOE), a Igreja Católica e a Igreja Luterana, além do islamismo. Cristãos de origem muçulmana ou ortodoxa correm o risco de serem maltratados pela família e pela comunidade. As igrejas não tradicionais enfrentam perseguição por parte do governo e das comunidades religiosas tradicionais. Há anos, as forças de segurança do governo invadem as casas e prendem os cristãos.
Na Eritreia, as chamadas telefônicas e o uso da internet são monitorados. O país é frequentemente chamado de “Coreia do Norte da África” devido ao extremo controle estatal. Os convertidos enfrentam pressão extrema, violência sancionada pelo Estado e recrutamento, por isso muitos decidem fugir da Eritreia. O recrutamento pressiona os jovens cristãos ao serviço militar por tempo indeterminado sem direito a objeção.
Paulos (pseudônimo), cristão da Eritreia
As mulheres e meninas cristãs convertidas suportam perseguição e pressão social crescentes. Especialmente nas áreas rurais, elas correm risco de rapto e casamento forçado com homens muçulmanos, que as obrigarão a retornar ao islamismo. Famílias podem isolar as convertidas, causando sofrimento psicológico, ou as expulsar de casa.
Diferente de outros países, a Eritreia requer que as mulheres cumpram serviço militar. Nesses locais, elas estão sujeitas a violência física e sexual e muitas fogem do país para não servir às Forças Armadas.
As cristãs presas ficam vulneráveis a abuso e violência sexual na cadeia e não conseguem denunciar esses abusos. Famílias de mulheres detidas ou fugitivas também sofrem, suportando punições e dificuldades financeiras.
Os homens cristãos suportam severa perseguição por meio do recrutamento militar obrigatório. Assim, muitos homens se sentem obrigados a fugir do país. Apesar dos acordos de paz, as tropas eritreias mantêm-se ativas em zonas de conflito, deixando os cristãos vulneráveis.
Os seguidores de Jesus enfrentam prisão arbitrária e detenção indefinida por frequentarem igrejas secretas. Pastores suportam ameaça, prisão e vigilância constante, tornando difícil liderar suas comunidades. Essa perseguição estende-se a suas famílias, causando dificuldades econômicas e estigma social. Os filhos de pastores presos geralmente enfrentam provocação e são rotulados de “pente”, um termo depreciativo local. Muitos homens que são detidos são forçados ao serviço militar, impactando ainda mais suas vidas e comunidades.
A Portas Abertas trabalha por meio de igrejas parceiras locais na Eritreia para fornecer projetos de desenvolvimento econômico, treinamento para enfrentar a perseguição e discipulado.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos na Eritreia são: paranoia ditatorial, protecionismo denominacional, corrupção e crime organizado e opressão islâmica.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos na Eritreia são: oficiais do governo, partidos políticos, líderes religiosos cristãos, cidadãos e quadrilhas, parentes, redes criminosas e líderes religiosos não cristãos.