A batalha no campo da comunicação: o marketing dos perseguidos

Portas Abertas • 15 jan 2008


Em meio à revolução da informação que transforma toda a nossa vida, uma batalha está em formação. O paradoxo da era da informação é que, apesar de haver mais informação disponível, as pessoas estão bem menos informadas. O perigo disso, em se tratando de Igreja Perseguida, é que mais pessoas estão dispostas a ajudar, mas sua falta de conhecimento pode fazer com que acabem prejudicando a Igreja ou usando-a para seus próprios interesses.

A batalha nesse caso é garantir que os verdadeiros interesses da Igreja Perseguida sejam atendidos e não utilizados para outras finalidades.

Para o bem ou para o mal, o mundo está prestes a testemunhar o marketing da Igreja Perseguida. As formas como esse “marketing” provavelmente irá se manifestar, assim como suas possíveis conseqüências, merecem ser destacadas aqui:

1. A Igreja Perseguida eventualmente disseminará mitos e receberá atenção não merecida. Igrejas que são perseguidas podem estar teologicamente erradas a respeito da perseguição. Aqui vão algumas idéias divulgadas que são INCORRETAS:

- A perseguição procede de Deus. Não, a perseguição é algo diabólico. Confunde-se fortalecimento divino com providência divina.

- A Igreja cresce mais sob condições de perseguição. Apesar de a igreja, com freqüência, crescer sob perseguição, Lucas afirma que ela cresce mais em situação de paz (veja Atos 9.31).

- Não se deve resistir à perseguição, mas aceitá-la. Mesmo Jesus nos instrui a fugir da perseguição (Mateus 10.23), e Paulo diz para buscarmos condições de paz.

- A perseguição é necessária para o crescimento na fé. Muitos líderes de igrejas domésticas na China acreditam que a perseguição é um dos meios de crescimento, não o único.

2. Boatos viajam mais rápido na era da internet e portanto haverá mais desinformação sobre a comunidade perseguida.

3. As dificuldades em comunicar as perplexidades aumentarão, pois é difícil identificar o que é de fato perseguição, agora que a era das ideologias acabou. Antigamente, com certeza, era mais simples.

Por exemplo, na China de Mao, todos os cristãos tinham dificuldades iguais. Agora, existem áreas onde há igrejas oficiais efetivamente livres e áreas onde as igrejas oficiais são muito controladas e extremamente corruptas, forçando os cristãos a participarem de igrejas clandestinas em lares.

As diferenças hoje dependem de variáveis difíceis de serem compreendidas. Alguns defensores da Igreja Perseguida estão mais interessados em lucros políticos em sua própria área do que em gastar tempo para compreender e ajudar os cristãos perseguidos em si.

Texto retirado do livro “Resistência Cristã”, de John Companjen, páginas 96 a 100, editado pela Missão Portas Abertas em 2002. Caso deseje adquirir um exemplar, clique aqui.

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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