Portas Abertas • 4 out 2009
Especial 20 anos da queda do Muro de Berlim
Em 1982, A Portas Abertas resolveu priorizar o trabalho na União Soviética, focando em dois projetos: alcançar dezenas de milhões de russos ortodoxos que não tinham a Bíblia e fortalecer a igreja na república de muçulmanos, dando a eles a visão de alcançar seus vizinhos. E isto foi apoiado por uma campanha de sete anos de oração.
Lentamente as coisas começaram a mudar – e o impacto foi visto na política. Em 1987, um grande número de presos religiosos foi liberto dos campos de trabalho e celas de prisões. Existiam 340 cristãos detidos em 1985, e apenas 17 em março de 1990.
Por volta de 1988, a economia soviética estava em crise. O presidente Gorbachev, procurando por um suporte, um programa de reestruturação, prometeu que a partir daquele momento os cristãos seriam reconhecidos como “pessoas soviéticas, pessoas trabalhadoras, patriotas”. Então as igrejas começaram a ser reabertas.
No mesmo ano, as mudanças no regulamento postal permitiram que milhares de Novos Testamentos fossem enviados para os cristãos e às igrejas na União Soviética.
O Irmão André aproveitou tal abertura para fazer um acordo que, naquele ano de celebração do milênio da Igreja Ortodoxa Russa, a Portas Abertas os presentearia com um milhão de Novos Testamentos. Ele entregou a milésima cópia, em Moscou, para o patriarca Alexy II.
A Igreja Nikolai em Leipzig, no leste da Alemanha, tem pessoas orando por paz todas as noites de segundas-feiras desde 1982. Eram poucos, mas o número tem crescido. Essa reunião se tornou uma concentração para pessoas que desejam mudança. Em outubro de 1989, cerca de 70 mil pessoas se reuniram fora da igreja: foi a revolução das “velas e orações”.
Em meados de novembro de 1989, ficou claro que as mudanças eram abrangentes pelo bloco comunista. Mas a queda do Muro de Berlim, enquanto os guardas da fronteira observavam, foi um dramático sinal de que as coisas não seriam mais as mesmas novamente.
Peter K., colaborador da Portas Abertas, recorda aquele dia: “Meu colega e eu entramos no carro e dirigimos até Berlim para ficarmos a par daquela ocasião histórica. Que alegria, era uma resposta de oração”.
Em outra viagem para Berlim, ele disse para o motorista do táxi que as pessoas do Ocidente tinham orado durante muitos anos para que isso acontecesse. O motorista parou o carro e com lágrimas nos olhos disse: “Em nome dos alemães de Berlim, quero agradecer pelas orações de vocês, pois Deus as respondeu”.
Peter continuou: “Agora estamos orando pela Coreia do Norte. Existem duas Coreias, mas Deus quer fazer delas uma só. Pedimos para que Deus abra as portas das prisões! Ele fez isso em Berlim e os muros caíram. Ele também pode fazer isso na Coreia!”.
Assista ao vídeo que conta a atuação da Portas Abertas Internacional durante o período comunista europeu e soviético.
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