Partes do conflito no Sudão do Sul assinam acordo de paz
As delegações do governo sul-sudanês e dos partidários do ex-vice-presidente, Riek Machar, estão negociando desde o início de janeiro, na capital etíope. O acordo de paz apresentado pelos mediadores do Igad prevê um cessar-fogo e uma solução para a libertação de presos no começo do conflito. Os confrontos entre forças do exército e milícias opositoras começaram na capital do Sudão do Sul, Juba, em dezembro, motivados pela demissão do ex-vice-presidente. Com o conflito, o presidente do país, Salva Kiir, acusou Riek Machar de tentar conduzir um golpe de Estado. Relatos da Portas Abertas Organizações não governamentais e analistas estimam que o conflito tenha causado cerca de 10 mil mortos e mais de 500 mil pessoas refugiadas e deslocadas. A violência no Sudão do Sul gerou uma crise humanitária em que 4,4 milhões de pessoas foram colocadas em situação de insegurança alimentar. *Com informações da Agência Lusa
A Igad é um grupo de oito países africanos (Djibuti, Eritréia, Etiópia, Somália, Sudão, Sudão do Sul, Quênia e Uganda) formado com o objetivo de ser um bloco comercial.
“”As pessoas têm sido muito afetadas. Eu ouvi no rádio da ONU, ontem à noite, uma criança explicar que não podia ir à escola por causa da guerra. Ela deveria estudar, mas foi incapaz de fazê-lo, porque teve de deixar todos os seus cadernos, quando fugiu com sua família para um local mais seguro. A criança disse que seus pais estavam chorando o dia todo por conta de seus parentes que morreram e que isso a fez muito infeliz. Ouvindo-a falar assim, sem qualquer esperança para o futuro, senti-me muito triste. Ore! Por favor, ore pela paz””, comentou um colaborador da Portas Abertas na região.
Entenda o conflito
A questão sul-sudanesa tem forte caráter étnico. O presidente é da tribo Dinka e o ex-vice, da tribo Lou Nue. Outro ponto que intensifica os confrontos é o controle de certas áreas em que há petróleo no país.
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