Portas Abertas • 17 abr 2018
Os conflitos na região já duram anos
A situação da República Centro-Africana é alarmante. O governo está lutando para afastar o país dos conflitos que acontecem há anos. O presidente eleito em 2016, Faustin-Archange Touadera, levantou algumas esperanças de que o país retornaria à normalidade. Mas dois anos depois, a autoridade do seu governo ainda não alcançou muito além da capital o país. Mais de 14 grupos armados estão ativos na República Centro-Africana. Hoje, eles controlam cerca de três quartos do território nacional. E agora, a violência chegou também à capital.
Na quarta-feira, 11 de abril, 19 pessoas, incluindo um soldado da Organização das Nações Unidas (ONU), foram mortas e mais de 100 ficaram feridas em confrontos entre forças de paz e milícias em PK5, centro comercial e área predominantemente muçulmana da capital, informou o jornal francês AFP.
Ao falar sobre os confrontos, o presidente Touadéra disse que grupos criminosos estavam mantendo pessoas no distrito para pedir resgate. "Os bandidos fizeram parte da população de refém", disse Touadera ao deixar uma reunião de representantes da ONU e da União Africana, segundo um vídeo divulgado pela ONU. “Esse ataque teve como único objetivo a recuperação dos líderes dos grupos armados. Não foi contra uma comunidade ou contra a população local”, acrescentou ele.
A recente violência na vila de Séko e em seus arredores custou 46 vidas, incluindo a de um líder cristão. Désiré Angbabata, de 49 anos, foi morto quando militantes da UPC, um grupo de maioria muçulmana formado por rebeldes que eram do grupo extremista Séléka, uma igreja, em 21 de março.
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