Portas Abertas • 8 dez 2017
Dinke* é uma mulher de 50 anos que vive na saída de uma cidade no sul da Etiópia, numa área dominada por muçulmanos. Seu marido era um professor do islamismo e viajava para ensinar, enquanto ela ficava em casa e trabalhava em suas terras. Juntos, criaram os oito filhos segundo o islã. Mas quando o filho mais velho, Lemma*, foi para a faculdade, alguns de seus colegas começaram a falar de Jesus para ele. No começo, ele tentou impedi-los de falar, chegando até mesmo a atacá-los. “Mas depois eu sonhei que estava cantando no coral da igreja. Eu lutei comigo mesmo contra o chamado de Jesus, mas finalmente fui à igreja e o recebi como meu salvador”, conta Lemma.
Dinke e seu marido ficaram totalmente transtornados com a notícia da conversão do filho, mas tiveram reações diferentes. O pai dizia que ele merecia morrer e que teria que escolher entre o islamismo ou a morte. Tal possibilidade causava dor em Dinke. Ela chegou a pensar que seria melhor obedecer ao marido, mas enfim concluiu que preferiria morrer com seu primogênito. Quando a comunidade descobriu, também não aceitou a conversão de Lemma, e quis matá-lo, deixando Dinke ainda mais desesperada. Quando o pai não estava em casa, Lemma ia visitar a mãe e os irmãos. Para surpresa dela, ele não estava abatido ou amargurado, mas dizia: “Deus é minha esperança”. Isso tocou o coração de Dinke, que veio a se entregar a Jesus também, assim como os outros filhos que já tinham idade suficiente para entender.
“A mão de Deus estava sobre nós”
O marido passou, então, a vê-los como seus inimigos. Ele tomou a terra e os expulsou de casa. Lemma relembra essa época em que “parecia que toda a comunidade estava olhando para nós e esperando que caíssemos, mas a mão de Deus estava sobre nós, e permanecemos vivos e fortes”, diz. Dinke conta como Deus usou a Portas Abertas para abençoá-los. “A Portas Abertas pagou as despesas com advogado para defender minha causa e eu pude recuperar minha casa e terras. Também nos ajudaram com alimentação e despesas médicas. Deus realmente ouviu nossas orações”.
Hoje, quando o marido vai visitá-los, fica surpreso com o fato de estarem bem e de que Lemma vai se casar, porque não esperava que o filho fosse bem-sucedido. Ele se formou e trabalha como professor. Ele paga o aluguel da mãe, pois eles ainda não voltaram para suas terras. Com o apoio da Portas Abertas, outros dois filhos também puderam voltar a estudar. Dinke deixa um recado a outros cristãos perseguidos: “O Senhor nunca abandona os que confiam nele. A palavra diz que seremos perseguidos enquanto estivermos nesse mundo, mas Deus vai nos ajudar a passar pela perseguição”.
*Nomes alterados por motivos de segurança.
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