A perseguição aos cristãos nos Territórios Palestinos

Apesar da queda na média da pressão aos cristãos nas esferas da vida, ela se mantém em um nível muito alto

Portas Abertas • 5 jul 2019


A violência contra cristãos acontece na esfera da família e os responsáveis geralmente são familiares

A violência contra cristãos acontece na esfera da família e os responsáveis geralmente são familiares

Com 57 pontos, os Territórios Palestinos estão na 49ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019. A pontuação caiu três pontos comparada ao ano anterior. Essa queda é, principalmente, resultado do relato da diminuição da pressão em certas esferas da vida. O nível de violência contra os cristãos é, de modo geral, baixo. Há elementos do radicalismo islâmico presentes, mas seu foco principal é combater as forças israelenses. A violência contra cristãos acontece na esfera da família e os responsáveis geralmente são os familiares.

Apesar da queda na média de pressão, ela se mantém em um nível muito alto (11,0). A diminuição da pressão experimentada por convertidos é percebida especialmente na comunidade. Apesar de todas as esferas da vida mostrarem níveis de pressão altos ou muito altos, as com médias mais altas são família e igreja. Na família é possível perceber a dificuldade enfrentada por convertidos principalmente quando querem um casamento ou funeral cristão. Já a pressão na igreja revela as limitações experimentadas quando se trata de evangelismo ou integração de convertidos.

Os níveis de pressão em quase todas as esferas da vida estão relativamente estáveis durante os últimos cinco anos. Uma exceção é a notável queda da pressão na comunidade. Já a pontuação da violência subiu de 1,1 para 2,4, em relação ao ano anterior. Embora continue em um nível baixo, a Lista Mundial da Perseguição 2019 tem a pontuação mais alta dos últimos cinco anos. Isso pode ter acontecido devido à maior quantidade de informações disponíveis sobre o local.

A perseguição para homens e mulheres

As meninas e mulheres cristãs são vistas como inferiores por seus vizinhos muçulmanos. O principal motivo é que elas não são muçulmanas e não usam véu. Apesar de não serem forçadas pelo governo a fazer isso, há uma imposição social de vestimenta para as mulheres cristãs, exigindo que elas se cubram em público.

Há também um forte senso de vergonha relacionado à conversão do islamismo e isso se aplica a mulheres e meninas principalmente por causa da maior dependência da família. Dessa forma, elas são as mais vulneráveis à perseguição por suas famílias ou pessoas próximas. Na maioria das vezes familiares agem contra mulheres convertidas sem ser punidos. Também há casos conhecidos em que meninas e mulheres convertidas são presas em casa pela família. Ou quando uma mulher casada se converte, pode ser obrigada a se divorciar e perde a guarda dos filhos.

Já com relação aos homens convertidos, as discriminações afetam especialmente o trabalho, já que geralmente são o principal provedor da família. O domínio israelense e a terrível situação econômica fazem o homem palestino se sentir impotente. Um grande número de homens permanece solteiro, porque não ganham o suficiente para bancar um casamento ou prover uma família. Muitos homens cristãos querem deixar a região para encontrar um emprego no exterior. Tal imigração enfraquece a comunidade cristã palestina, já que apenas homens mais capacitados têm qualificações necessárias e condições financeiras para buscar um emprego no exterior.

Pedidos de oração

  • Cristãos nos Territórios Palestinos são uma minoria que está declinando rapidamente. Ore para que a igreja exerça seu papel de sal da terra e luz do mundo na região.
  • Interceda pelos cristãos isolados do norte da Faixa de Gaza, que são apoiados pela Portas Abertas com materiais, atividades para jovens e ministério de presença.
  • Clame pela paz e estabilidade em toda a região, pois a pressão cresceu por causa da instabilidade causada pela falta de progresso no conflito Israel-Palestina.

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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