Portas Abertas • 28 jul 2021
A jovem Sukla conhecia o agressor e pediu para que ele não a machucasse (foto representativa)
Sukla*, uma jovem cristã de 14 anos, foi agredida sexualmente por homens hindus em uma vila no Sudoeste de Bangladesh. Ela e a família foram a um evento cultural perto de casa por volta das 23h, mas ela decidiu voltar para casa sozinha, pois estava com sono. No caminho, três homens apareceram de repente, cobriram a boca da jovem e a levaram à força para um lugar deserto.
Um dos três homens é conhecido da cristã: “Eu costumava chamá-lo de tio Suresh* pois ele tinha a mesma idade dos meus pais. Implorei para ele não me machucar, mas ele se recusou a ouvir”. A família não quis revelar o incidente aos outros, pois temia uma repercussão que prejudicasse a reputação tanto da menina, quanto da família dela. Mas o agressor se aproveitou do segredo e começou a exigir dinheiro em troca do silêncio.
Essa situação forçou Sukla a registrar o caso na delegacia local e Suresh foi levado sob custódia, porém, os outros dois homens seguem em liberdade. Há suspeita de que a polícia tenha aceitado suborno para excluir os nomes dos demais agressores. Desde que o incidente se tornou público na aldeia, as coisas mudaram para a cristã. Ela passou a receber provocação e zombaria dos aldeões. Ela também enfrenta situações embaraçosas e perguntas inesperadas.
Os pais temem por Sukla quando retornar aos estudos: “Estamos preocupados com o que vai acontecer com ela quando voltar para a escola. Ela está por perto por enquanto, devido à crise de COVID-19”. Eles temem por mais pressão mental sobre ela se os colegas souberem sobre o incidente. Ela é filha única e uma aluna do décimo ano.
A família cristã ex-hindu não tem certeza sobre as razões da agressão contra a jovem. Mas acreditam que “há uma possibilidade de que seja por causa de conversão à fé cristã, algum tipo de vingança por deixar o hinduísmo e praticar o cristianismo na frente dos hindus”, compartilha um parceiro da Portas Abertas em Bangladesh. Líderes da igreja local na aldeia estão ajudando a família a enfrentar a situação.
*Nomes alterados por segurança.
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