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Os cristãos de origem muçulmana, hindu, budista ou animista enfrentam as mais severas restrições, discriminações e ataques. As crenças religiosas estão ligadas à identidade da comunidade, e deixar de segui-las é interpretado como traição.
Os convertidos em Bangladesh se reúnem em pequenas igrejas domésticas, pois correm o risco de serem atacados. Quaisquer igrejas que evangelizem e trabalhem com muçulmanos enfrentam perseguição, como ameaças de morte e ataques.
Os cristãos tribais enfrentam dupla vulnerabilidade, por serem de minoria étnica e por serem seguidores de Jesus. Eles lutam para não perderem suas terras e enfrentam violência. Um exemplo foi o assassinato de oito cristãos tribais em abril de 2023, na região de Chittagong Hill Tracts, Sudeste do país.
Os cristãos da etnia rohingya, de maioria muçulmana, enfrentam assédio e forte pressão da comunidade, mesmo os que vivem em campos de refugiados.
Shakib (pseudônimo), adolescente cristão em Bangladesh
Mulheres e meninas cristãs são mais vulneráveis à pressão da família e da comunidade do que os homens, especialmente se deixarem a fé dos antepassados para seguir a Jesus. Elas são vistas como traidoras que rejeitaram a cultura e a comunidade.
A perseguição contra as cristãs pode incluir assédio, abuso sexual, físico e emocional, casamento ou divórcio forçado, prisão domiciliar e sequestro. “As mulheres são consideradas pelos perseguidores como alvos ideais para desestabilizar a comunidade cristã e sufocar a próxima geração de cristãos sem represálias”, explica um especialista do país.
Caso uma mulher cristã denuncie os abusos sofridos à polícia, as autoridades demoram para tomar atitudes que favoreçam a vítima.
Culturalmente, os homens são considerados os líderes das famílias, por isso enfrentam perseguição primeiro. Alguns são agredidos e expulsos de casa por “traírem” a família e a comunidade. Outros fogem de suas comunidades em decorrência da pressão das autoridades e dos líderes muçulmanos.
Os líderes locais acusam os cristãos de subornar pessoas para se tornarem cristãs, o que pode resultar em prisão. Porém, esses casos são raros.
A Portas Abertas trabalha por meio de igrejas locais parceiras com treinamento bíblico, distribuição de Bíblias, projetos de desenvolvimento socioeconômico, alfabetização e ajuda emergencial.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra os cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos em Bangladesh são: paranoia ditatorial, opressão islâmica, nacionalismo religioso, hostilidade etno-religiosa.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores de hostilidades, violentos ou não violentos, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos em Bangladesh são: líderes religiosos não cristãos, cidadãos e quadrilhas, parentes, oficiais do governo, partidos políticos, grupos religiosos violentos, líderes de grupos étnicos, grupos paramilitares, redes criminosas.
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