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Os cristãos de origem muçulmana, hindu, budista ou animista enfrentam as mais severas restrições, discriminações e ataques. As crenças religiosas estão ligadas à identidade da comunidade e deixar de segui-las é interpretado como traição.
Por medo de ataques extremistas, os seguidores de Jesus se reúnem em pequenas igrejas domésticas ou grupos secretos. Igrejas que evangelizem muçulmanos enfrentam perseguição, mas até igrejas tradicionais, como a Igreja Católica Romana, podem enfrentar ataques e ameaças contra os líderes.
Durante o período de pesquisa da Lista Mundial da Perseguição 2025, houve uma turbulência política no país, na medida em que revoltas levaram à renúncia da primeira-ministra e a um crescimento de ataques extremistas contra os cristãos, especialmente os convertidos de outras religiões.
Tempos de instabilidade são sempre desafiadores para cristãos que pertencem a minorias étnicas, que podem enfrentar dupla perseguição: por causa da etnia e por causa da fé em Jesus. Este ano, membros do grupo étnico bawm, de maioria cristã, foram mortos e outros foram forçados a fugir, em razão de um conflito entre militares e grupos rivais armados.
Mijanur Rahman (pseudônimo), cristão em Bangladesh
Em Bangladesh, mulheres e meninas cristãs, particularmente convertidas de outras religiões, são mais vulneráveis a violações de direitos religiosos e humanos por família, amigos, vizinhos e comunidade local. A perseguição a mulheres cristãs é complexa, geralmente escondida atrás de casamento e vida familiar, e justificada por normas sociais. A conversão ao cristianismo é vista como uma traição e, por isso, mulheres e meninas cristãs podem enfrentar assédio, especialmente se não se conformarem ao código de vestimenta esperado.
Agressão sexual, sequestro, casamento e divórcio forçado são formas comuns de perseguição religiosa. Além disso, mulheres e meninas podem enfrentar formas específicas de violência sexual com o objetivo de humilhá-las e envergonhá-las. Convertidas, especialmente, podem ser alvos de prisão domiciliar, descrita por um especialista como “uma vida cativa”, na qual elas ficam isoladas dos outros membros da família, das igrejas e das comunidades.
Meninas e mulheres cristãs que vivem em campos de refugiados, como as do povo rohingya, são mais vulneráveis.
Um resultado da cultura orientada para o homem em Bangladesh é que os homens se tornam cristãos primeiro, sendo seguidos posteriormente por suas famílias. Da mesma forma, como líderes da casa, homens e rapazes enfrentam a perseguição primária. A perseguição aos homens é mais pública, assim, eles correm risco de espancamento, tortura e ameaça. Além disso, os cristãos podem ser alvos no fogo cruzado entre grupos locais armados e o exército de Bangladesh.
A pressão dos membros da comunidade e de líderes muçulmanos locais também provocou a fuga de homens cristãos e suas famílias. Os líderes de igrejas, particularmente, correm risco de serem detidos, embora o encarceramento seja raro. Como os homens são os principais provedores da família, perder o emprego ou ser preso por causa da fé afeta todos que dependem financeiramente deles.
Há líderes locais que acusam os cristãos de subornar pessoas para se tornarem cristãs, o que pode resultar em prisão. Porém, esses casos são raros.
A Portas Abertas trabalha por meio de igrejas locais parceiras para oferecer treinamento bíblico, distribuição de Bíblias, projetos de desenvolvimento socioeconômico, alfabetização e ajuda emergencial.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra os cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos em Bangladesh são: paranoia ditatorial, opressão islâmica, hostilidade etno-religiosa, nacionalismo religioso.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores de hostilidades, violentos ou não violentos, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos em Bangladesh são: líderes religiosos não cristãos, partidos políticos, oficiais do governo, líderes de grupos étnicos, cidadãos e quadrilhas, parentes, grupos paramilitares, redes criminosas, grupos religiosos violentos.
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