Portas Abertas • 28 jun 2021
Por causa de uma denúncia falsa, uma comunidade cristã foi atacada por um grupo de muçulmanos (foto representativa)
Nem todo ataque extremista a cristãos no Egito fica impune. Em 15 de junho, dez muçulmanos radicais foram sentenciados a prisão pelo ataque à comunidade cristã no estado de Minya. Os homens foram considerados culpados pelo incidente em maio de 2016 e devem passar cinco anos na prisão.
Os réus faziam parte de uma multidão que atacou os cristãos por causa de rumores de um caso entre um homem cristão e uma mulher muçulmana divorciada. Nessa ocasião, as propriedades de cristãos foram destruídas e a mãe do acusado, que tinha 70 anos, foi arrastada até a rua, despida e agredida.
A mulher muçulmana afirmou que o ex-marido fez a acusação de adultério para conseguir o divórcio gratuitamente. Dessa maneira, a ex-esposa não teria qualquer direito dos bens da família. Diante dessa falsa denúncia, os extremistas encontraram motivos suficientes para atacar toda a comunidade cristã.
Segundo o relatório da Portas Abertas “as autoridades locais usam as chamadas sessões de reconciliação para resolver um conflito, o que de fato muitas vezes significa que os agressores muçulmanos ficam em liberdade. Isso resultou em uma cultura de impunidade para a violência contra os cristãos”.
Embora a prisão dos dez agressores seja um desenvolvimento positivo, há muitos incidentes em que eles escapam impunes de crimes cometidos contra cristãos. Muitos viram processos judiciais se arrastarem por anos. “Nesse caso, causou polêmica nas redes sociais. O vergonhoso ataque à senhora idosa em particular é inaceitável e condenado na cultura egípcia, e ainda causa raiva cinco anos depois”, afirma um cristão local.
Essa pressão social pode ter forçado as autoridades judiciais e o gabinete do Procurador-geral a pressionar por um veredito aceitável. “No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer antes que os cristãos recebam justiça pelos pequenos assédios e conflitos que enfrentam diariamente”, completa o cristão egípcio.
Nossos irmãos e irmãs no Egito vivem marginalizados na sociedade e com medo de serem atacados por muçulmanos radicais. A Portas Abertas trabalha fortalecendo os cristãos por meio de treinamento bíblico e apoio emergencial. Você pode fazer a diferença investindo nesse projeto. Doe agora.
Pedidos de oração
© 2024 Todos os direitos reservados