Portas Abertas • 10 jul 2019
Aizah é mais uma das vítimas da perseguição contra a fé cristã e do preconceito por ser mulher
Aizah* é uma cristã de origem muçulmana que arriscou tudo para manter sua fé em Cristo e, agora, ajuda outras mulheres. Em entrevista à Portas Abertas, Aizah revelou os desafios de mostrar sua fé em um ambiente tão fechado ao evangelho, como os países do Oriente Médio. Saiba mais sobre esta história, e ore juntamente conosco por esta irmã.
“Se você é uma mulher nascida em uma família muçulmana e você se torna uma seguidora de Jesus, então você envergonha seu pai, seu irmão e toda a família. Eles vão lhe dizer que você é uma infiel, que você traz vergonha”, conta Aizah. Quando era adolescente, Aizah conheceu uma cristã: “Eu gostava muito dela. Eu vi que ela era boa, e não entendia porque ela não era muçulmana. Eu tentei evangelizá-la, transformá-la em muçulmana”, revelou. Mas, então, algo aconteceu: Aizah acabou se apaixonando pela Bíblia.
Quando Aizah contou a seu pai sobre sua conversão a Cristo, ele disse: “Você vai perder tudo. Você perderá sua mãe, seu irmão e irmã e ninguém falará com você”. No dia seguinte, o pai de Aizah confiscou seu carro. Aos seus olhos, Aizah havia sofrido uma lavagem cerebral. “Ele ordenou que eu ficasse em casa por dez dias e não teria contato com os cristãos. Ele esperava que eu voltasse ao islã”, contou Aizah.
Durante esse período, Aizah não podia comer com a família. Ninguém falava com ela. Mas apesar dos esforços de seu pai, Aizah não desistiu da fé, então, sua família a deserdou. "Eu fui à igreja e quando voltei para casa, minha mãe disse que meu pai poderia me matar. Então, eu saí com apenas as coisas que eu poderia colocar na minha mochila", relembrou a cristã.
Socorro para outras mulheres
Aizah encontrou refúgio com outros cristãos. Agora, a jovem é parceira da Portas Abertas e oferece apoio a mulheres que, como ela, enfrentam perseguição por causa de sua fé e gênero. Aizah explicou: “Quando as mulheres são expulsas de casa, elas perdem a honra. Elas não têm escudo protetor, nem pai ou irmão para defendê-las. Em nossa cultura, as pessoas acham que uma mulher como essa merece ser atacada”.
“Eu nunca tinha ouvido falar de nenhuma outra organização que tenha dito que vai trabalhar para mulheres. Isso é muito ousado. Vivemos em uma cultura masculina. Mas a Portas Abertas está dizendo que luta ao lado das mulheres”, contou a cristã. A visão da Portas Abertas é que toda mulher que é perseguida por sua fé e gênero deve ser vista, valorizada e empoderada para alcançar seu potencial dado por Deus. Continue orando por Aizah e por todas as cristãs que enfrentam perseguição e preconceito.
*Nome alterado por segurança.
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