Ataque deixa sete cristãos mortos na República Democrática do Congo

Entre as vítimas do ataque, feito por extremistas islâmicos, estão dois pastores

Portas Abertas • 25 nov 2018


Congoleses esperando para receber ajuda emergencial

Congoleses esperando para receber ajuda emergencial

Sete cristãos congoleses foram mortos em ataques de grupo militante islâmico no leste da República Democrática do Congo nos dias 10 e 11 de novembro. Membros das Forças Democráticas Aliadas mataram seis cristãos, incluindo o reverendo Kausa Kaule Yosua e sua filha em duas aldeias perto de Beni, no nordeste do país. Eles também sequestraram 13 pessoas, entre eles o reverendo Josias Kapanga Katembo, da aldeia de Boyikene, cujo corpo foi encontrado mais tarde em uma floresta, elevando o número de mortos para sete.

O ataque começou na noite do dia 10, quando militantes chegaram em Mayimoya, a 45 km da cidade de Beni, onde invadiram o complexo da igreja e casas vizinhas de cristãos.

“Às dez da noite, eles [os militantes] entraram na casa do pastor e atacaram a filha com facões. Quando ela começou a gritar por socorro, seu pai saiu para ver o que estava acontecendo e resgatá-la. Eles o mataram e depois a mataram também. Um de seus netos continua desaparecido”, disse um líder da igreja na vizinha Eringeti à fonte do World Watch Monitor.

"Eu estava em minha casa quando eles atacaram", disse um sobrevivente. “Da minha janela eu podia ouvir os agressores discutindo que a área onde operam pertence aos muçulmanos e não aos cristãos, e que todo cristão encontrado nela é um inimigo”, compartilhou.

No ataque, três crianças também foram mortas, duas ainda não foram identificadas e sete cristãos ainda estão desaparecidos.

No dia seguinte, 11 de novembro, o pastor Josias Kapanga Katembo, de 44 anos, foi sequestrado juntamente com seus dois filhos e três outros membros de sua igreja. A esposa do pastor Katembo, Rebecca, de 34 anos, também foi morta ao tentar fugir quando militantes atearam fogo em sua casa. O paradeiro de seus outros quatro filhos ainda é desconhecido.

Um líder da igreja em Beni disse à fonte do World Watch Monitor que os agressores não queimaram as casas dos muçulmanos em Boyikene: “Ao lado da casa do pastor e a de outro cristão fica a casa de um muçulmano. Os atacantes pularam a casa, incendiando apenas as que pertenciam aos cristãos”.

A violência fez com que civis fugissem da área. Alguns até fugiram para Uganda, país vizinho. “Por favor, orem para que Deus nos ajude , disse o porta-voz de uma ONG cristã local que cuida de pessoas deslocadas na cidade de Oicha.

O exército congolês, apoiado por forças da ONU, lutou contra o grupo Forças Democráticas Aliadas em uma ofensiva perto da cidade nos dias 14 e 15 de novembro, mas sete soldados da ONU e 12 soldados congoleses foram mortos. A Organização Mundial da Saúde também teve que suspender as atividades em resposta a um grande surto de Ebola na área.

Nas últimas duas décadas, o movimento rebelde nascido em Uganda criou raízes e foi responsabilizado por mais de 2.500 mortes de civis em três anos no leste da República Democrática do Congo.

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