Portas Abertas • 28 mai 2019
Clame para que a paz seja restaurada na República Centro-Africana e pelos cristãos em meio a essa situação
[Atualizado em 30 de maio de 2019 às 11h35]
Segundo informação do governo, 50 pessoas morreram e muitas outras ficaram feridas quando um grupo armado atacou vilarejos na região noroeste da República Centro-Africana na última terça-feira (21). Os ataques ocorreram em vários povoados perto da cidade de Paoua, próximo à fronteira com o Chade. Os ataques foram realizados pelo grupo extremista islâmico 3R (Retorno, Recuperação e Reconciliação), liderado por Sidiki Abass. O grupo alega lutar pelos interesses dos fulanis. O governo anunciou três dias de luto pelo ocorrido.
Aparentemente, o grupo convocou a população para uma reunião e então abriu fogo contra todos. Esses ataques representam a maior perda de vidas de uma só vez desde que um acordo foi assinado entre o governo e 14 milícias, em fevereiro. Sidiki foi nomeado um dos três “conselheiros especiais do exército” do primeiro-ministro, responsável por estabelecer as unidades combinadas no acordo. Agora, o primeiro-ministro está sendo pressionado para prender os atacantes ou ser processado.
Equipes de campo da Portas Abertas informaram que contatos locais indicam que a população foi convocada para uma reunião devido à morte de um jovem fulani, que foi morto por desconhecidos no que parece ter sido um assalto. A igreja local informou que cristãos que tiveram que fugir da região afirmam que o número de mortos é muito maior que 30. Mas quando eles passaram essa informação, não era permitida a entrada de ninguém na área para avaliar a situação.
Outras mortes
Forças de segurança também reportaram a morte de 15 pessoas no vilarejo de Maikoko. Na segunda-feira (20), uma freira franco-espanhola de 77 anos foi decapitada. Ela dava aulas para meninas e mulheres pobres. Os agressores não são conhecidos, mas as autoridades acreditam que Ines Nieves Sancho não tenha sido morta por nenhum grupo rebelde, mas por matadores. O corpo dela foi encontrado no vilarejo de Nola, no extremo sudoeste do país, próximo à fronteira com Camarões e Congo.
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