Portas Abertas • 4 mar 2016
No mês de fevereiro, a Fundação Jamestown, responsável por diversas pesquisas e análises sobre os conflitos atuais que ocorrem no mundo, escreveu sobre a realidade no Azerbaijão: ""Na sequência da desvalorização da moeda nacional do país, o manat, a população tem se preocupado sobre a forma como a atual política vai afetar suas vidas daqui para frente. As estatísticas expostas logo no primeiro de 2016, mostram a drástica queda dos salários e o aumento absurdo no preço dos alimentos. Embora o governo tenha feito promessas de que os preços dos produtos permaneceriam estáveis e que tomariam todas as medidas cabíveis para que isto acontecesse, não foi o que o povo viu"".
Ainda de acordo com a Jamestown, o Azerbaijão tomou um rumo negativo e pior do que o anterior. Existe muita frustração entre os cidadãos, além de protestos em várias regiões do país. ""O Azerbaijão tem um dos regimes mais duros da ex-União Soviética. Ele mantém um controle estatal absoluto e todas as formas de oposição são acompanhadas pela polícia secreta que se mantém infiltrada entre os oprimidos. Parecia improvável haver qualquer tipo de manifestação, mas o povo foi às ruas e surpreendeu o governo. Os cristãos, por outro lado, estão cada vez mais pressionados"", comenta um dos analistas de perseguição.
Ocupando a 34ª posição na Classificação da Perseguição Religiosa 2016, subindo 12 posições em relação ao ano passado, o
Azerbaijão tem uma forte influência do islã tradicional, que está crescendo a cada dia em diversas regiões do país. A perseguição aos cristãos não é só religiosa, mas também nacionalista e étnica. Cristãos azeris são considerados traidores. A vigilância está se tornando cada vez mais rigorosa. O governo tornou-se mais ativo no controle da religião e vai continuar a sua propaganda de que o país é a ""Terra da Tolerância"" em todos os lugares. A igreja no Azerbaijão terá que sobreviver sob o enorme nível de pressão. Mas, mesmo sob estas circunstâncias, a igreja tem sobrevivido até agora e tem crescido discretamente.
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